Com Mascherano indispensável, não faria mal a Maradona colocar Ledesma na mediana. Não, não é um craque, mas lembremos-nos da lição de Felipão em 2002. Com o meio-campo assim físico, teríamos espaço para Agüero – na minha opinião, um jogador que deve pouco a Messi tecnicamente – com este último no ataque. Ao seu lado, um centroavante de verdade, preferencialmente Milito, que tem como segurar a zaga mais do que Tèvez, um que prefere jogar com mobilidade.
“Mas Tévez fica de fora? Não é possível!”. É sim. Triste, mas verdade. Não dá para jogar com dois laterais no apoio (um deles com 36 anos), um volante, três meias e dois atacantes leves em nenhum time do mundo. O maior problema da Argentina é o de não reter a bola e ficar olhando quando o adversário a tem.
Maradona vai fazer isso? Provavelmente não. Sua situação dá uma certa pena, porque ele, que viveu sua vida como o centro das atenções, precisa do pedestal, mas não percebe que sua vaidade infinita vai conduzir a Argentina a um de seus maiores fiascos. Como jornalista, seria lamentável não ter os nossos maiores rivais na Copa porque um torneio desses se faz com grandes seleções. Como torcedor, a lamentação é um pouco menor.