Os brasileiros na Libertadores 2016 (parte I – grupo 1).

Nesta série de posts dedicados aos grupos da Taça Libertadores, comentaremos aqui apenas os grupos onde se encontram os cinco times brasileiros, classificados para a edição 2016 do torneio.

O regulamento determina que oito grupos contendo quatro times cada um, proponha embates de ida e volta. Em cada grupo, todos jogam contra todos e os dois melhores colocados de cada um dos oito grupos, avançam às oitavas de final.

Grupo 1

Equipes: River Plate (Argentina), The Strongest (Bolívia), Trujillanos (Venezuela) e São Paulo (Brasil).

No quesito tradição o atual campeão River Plate e o São Paulo se equalizam, ostentando três conquistas da Libertadores cada um. A princípio são os times que devem obter as duas vagas para o mata-mata.

Os “millonarios” mantiveram parte da base campeã em 2015, além do ascendente treinador Marcelo Gallardo, antigo ídolo do clube. Porém, a “espinha dorsal” do time campeão já foi negociada com times europeus. Perderam o zagueiro Funes More, o volante Kranevitter e o atacante Teo Gutierrez.

O River ainda mantém os veteranos Lucho González (meia, ex-FC Porto e Olympique Marseille) e o meia-atacante Leonardo Pisculichi (ex-Mallorca). O principal reforço chegou a poucas semanas, o agora ex-Inter/RS Andres D’Alessandro (34 anos).

O atacante que estava no colorado foi revelado pelo River Plate, tendo sido campeão da Libertadores pelo Inter em 2010.

São Paulo.

Já o São Paulo surge como uma incógnita, superior porém a Strongest e Trujillanos, em termos de estrutura. O principal reforço para a disputa da Libertadores é o técnico argentino Edgardo Bauza, bi-campeão do torneio por LDU (Equador/2008) e San Lorenzo (Argentina/2014).

Re-estruturando a equipe após saídas de Luis Fabiano e Alexandre Pato, mais a aposentadoria de Rogério Ceni, Bauza vem mostrando o improvável na pré-temporada e primeiras rodadas do Paulistão. O treinador re-habilitou o meia Paulo Henrique Ganso, que agora precisa provar que pode ser um atleta regular.

O histórico tricolor na Libertadores mostra que seus três êxitos vieram como consequência da manutenção de bons times bases. Em 1992, o time venceu com a base campeã do Brasileiro 1991, que por sua vez havia perdido decisões nacionais em 1989 (para o Vasco), e 1990 (para o Corinthians).

Na edição da Libertadores de 1993 prevaleceu a base campeã de 1992. Já em 2005 o time teve dois treinadores durante o torneio(Emerson Leão e Paulo Autuori), fazendo prevalecer um time base montado pelo técnico Cuca em 2004.

Curiosamente, Edgardo Bauza assumiu o San Lorenzo no início de 2014 e terminou campeão da Libertadores daquele ano, com um time tecnicamente limitado, mas defensivamente muito eficiente. Seu senso de improviso parece superior ao de seu antecessor no Morumbi, o metódico Juan Carlos Osório (atual seleção do México).

Correm por fora.

O The Strongest tem experiencia na competição, valendo-se do fator casa. A equipe provém da cidade de La Paz, a mais de três mil metros de altitude, aspecto geográfico que sempre gera problemas aos adversários.

Já o venezuelano Trujillanos que participa do torneio pela terceira vez em sua história, lamenta maior falta de sorte no sorteio dos grupos.

Estreia do brasileiro: no dia 17/02, quarta-feira o São Paulo recebe o Strongest no Pacaembu (São Paulo/Brasil), às 19:45 hr (horário de Brasília).

Alexandre Kazuo
Alexandre Kazuo é blogueiro de futebol há mais de 10 anos. Ex-colaborador do Trivela (2006-2010) e ex-blogueiro do ESPN FC Brasil (Lyon). É mestre em filosofia contemporânea e também procura por cultura pop, punk/rock/metal. Twitter - @Immortal_Kazuo
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