Arsenal: Wenger, Henry e o Monaco.

Nesta quarta-feira, Arsenal e Monaco se enfrentam em partida de ida válida pelas oitavas de final da Champions League 2014/2015. O jogo acontece no Emirates Stadium em Londres (Inglaterra). Ambos os times são vice campeões do torneio. O inglês Arsenal, foi o finalista vencido pelo catalão Barcelona na temporada 2005/2006.

O Monaco, que representa o futebol francês, por sua vez foi derrotado pelo lusitano FC Porto, do então jovem treinador José Mourinho, em 2004. Ídolos do Arsenal o treinador Arsene Wenger e o ex-atacante Thierry Henry, ambos franceses, estarão se defrontando com o clube que os revelou.

Wenger estará normalmente em seu posto de técnico gunner. Henry, que tem uma estátua dedicada a si no próprio Emirates, teve sua presença nas tribunas do estádio confirmada pela imprensa européia. O periódico espanhol El País, rememora o início da trajetória de Arsene Wenger, formado como treinador pelo Monaco que dirigiu entre 1987 e 1995. O treinador venceu com time do Principado de Mônaco, uma Ligue 1 e uma Coupe de France.

Passou pelo futebol japonês e se vê no comando do Arsenal há 17 anos, sendo o recordista de tempo a frente de um clube britânico, desde a aposentadoria de Sir Alex Ferguson (Manchester United) Tendo se aposentado no fim de 2014, Thierry Henry por sua vez, foi revelado pelo Monaco aos 17 anos, sendo campeão mundial pela França em 1998.

O ex-atacante é o ídolo máximo do Arsenal nos anos 2000, remodelado por Wenger e campeão inglês invicto na temporada 2003/2004. Chegou ao time gunner em 1999, que ainda mandava suas partidas no velho Highbury. Henry atuou em 368 partidas até 2007 e anotou 226 gols, agora iniciando uma caminhada como responsável pelas categorias de base do próprio Arsenal.

Henry, sucessor de Wenger?

Na Europa, muitos especulam que o próprio Henry é quem deve ser o sucessor de Wenger no comando do time principal, o vínculo atual do treinador expira em 2017. O El País, ressaltou palavras de Henry expressas em entrevista para o site da FIFA. O ex-atacante não nega o intento mas disse que ainda “tem muito a aprender”, e que ainda precisa obter a licença para treinar.

O único título que Wenger ainda não obteve à frente dos gunners é a própria Champions League. Na decisão de 2006, Henry fazia parte do time titular melancolicamente derrotado por 2×1 pelo Barcelona, numa final acontecida em San Denis, território francês. Posteriormente Henry venceu o torneio, atuando pelo próprio Barcelona na temporada 2008/2009.

A partida contra o Monaco marca a entrada do Arsenal na décima segunda fase de mata-mata de CL, disputada consecutivamente. O El País colheu dizeres do ex-auxiliar de Wenger no Monaco, Jean Petit, proferidos ao periódico francês Le Monde. O ex-auxiliar creditou a Wenger o crescimento do Monaco no cenário futebolístico europeu. “Será uma volta ao lar. Foi no estádio Louis II onde aprendeu todas as facetas do ofício e onde se tornou poliglota. Ali, Wenger não tinha pressão midiática alguma, nem popular”.

Jean Petit se referiu também às seis línguas faladas pelo treinador do Arsenal, que re-encontrará com a torcida do estádio Louis II, na partida de volta. O período de “anonimato” é endossado também pelo ex-meia Emmanuel Petit, campeão Mundial pela França em 1998. Petit o meiocampista, foi comandado por Wenger no Monaco quando surgiu em 1989 e no Arsenal, entre 1997 e 2000.

Foto de Wenger: Clive Mason – Getty Images.

Alexandre Kazuo
Alexandre Kazuo é blogueiro de futebol há mais de 10 anos. Ex-colaborador do Trivela (2006-2010) e ex-blogueiro do ESPN FC Brasil (Lyon). É mestre em filosofia contemporânea e também procura por cultura pop, punk/rock/metal. Twitter - @Immortal_Kazuo
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