Delneri-Juventus: é adeus

Certamente pior para a Itália do que o atrito entre Gattuso e Leonardo foi a enésima demonstração de frouxidão da Juventus, que praticamente sepultou as chances de Luigi Delneri de continuar no clube. Um dia antes do empate em 2 a 2 com o Chievo, Delneri disse que ficaria na Juve com “100%” de chances. Mas o modo como a Juventus se entregou decretou definitivamente que o grupo não está em sintonia com ele e que ele não tem a força mental necessária para comandar um clube como a Juventus. Não é à toa que a Juve tem a pior defesa doméstica do campeonato (29 gols). Por maiores qualidades que Delneri tenha demonstrado na carreira (vide trabalhos excelentes em Chievo, Atalanta e Sampdoria), fracassou num clube grande. A Juventus trabalha com três possibilidades. Louis van Gaal (polêmica, mas indiscutivelmente de um técnico experiente), André Vilas Boas (a preferida dentro da realidade, mas o jovem promissor parece não querer se arriscar antes de se consolidar) e Pep Guardiola e Arsène Wenger (sonhos impossíveis pelos quais a família Agnelli faria sacrifícios extras). Walter Mazzarri foi descartado. Eu não me surpreenderia com um retorno de Marcello Lippi.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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