Rússia, sede da Copa e país que mais mata jornalistas

Um alerta enviado por um colega inglês do The Times, Ben Smith: a Rússia, país com o qual a Fifa decidiu se aliar ao vender a Copa de 2018, é o lugar onde mais se mata jornalistas em busca da verdade. Foram quase 400 nos últimos 15 anos – mais do que qualquer país em guerra ou mesmo a soma de muitos deles. Antes de pensar em bobagens de argumentar que a Fifa “optou por novos mercados” ou que a entidade quis a Copa na Cortina de Ferro, leia a lista. A Fifa negocia com assassinos. Segundo os dados revelados pelo Wikileaks, a diplomacia mundial trata a Rússia como sendo um “estado mafioso”. Vendo a lista é bem difícil conseguir se enganar para achar o contrário. Depois de fazermos uma Olimpíada na China, país com o pior recorde de respeito aos direitos humanos e ecologia, entregamos a Copa a um outro governo celerado. A Copa do Mundo perde cada vez mais a graça.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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