Mau cheiro cresce ao redor da Fifa

Para ficar nojento, o processo de escolha das sedes das Copas do Mundo têm de melhorar muito. A imprensa britânica ferveu nesta semana de matérias sobre os bastidores das negociações. Uma delas, do Daily Express, revela que o premiê francês Nicolas Sarkozy pressionou o presidente da Uefa e ex-craque da França, Michel Platini, a votar na candidatura do Qatar em 2022 – o que facilitaria a venda de uma dúzia de aviões para a Qatar Airways. Já o primeiro-ministro britânico, David Cameron, teria feito um preço “camarada” em porta-aviões usados da Grã-Bretanha para a Coréia do Sul em troca do voto sulcoreano para 2018. Até a escolha do adversário da Inglaterra num amistoso no ano que vem não foi à toa. O presidente da federação da Tailândia, que recebe os ingleses em junho, tem direito a voto na escolha.

Dois Toques

– Para o bem na imagem que temos dele como craque, Michel Platini negou o “favor” a Sarkozy.
– Nos bastidores, comenta-se que a candidatura favorita de Sepp Blatter é a da Rússia, mas a decisão é tomada pelo Comitê Executivo da Fifa.

PS1: esta nota foi escrita um dia antes da decisao.

PS2: Blatter fez o que quise em seu quintal, como bem ensinou Havelange.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
Top