José Dias, pior diretor de futebol do São Paulo dos últimos 85 anos, quer ser presidente do São Paulo, segundo o Blog do Perrone. Seria a maior catástrofe possível para o clube que, entre erros e acertos, teve uma gestão que devolveu o time à elite de fato do futebol nacional. José Dias, para quem não sabe, foi o homem forte do futebol sãopaulino e eminência parda no clube durante boa parte do jejum entre a saída de Telê Santana e a conquista do Mundial em 2005. Reproduzo abaixo uma nota publicada pelo meu saudoso amigo Luiz Fernando Bindi sobre Dias em 2001:
“O diário Lance! publicou, no último dia 19, interessante e reveladora reportagem sobre Wagner Ribeiro, empresário que desde que Paulo Amaral assumiu a presidência do São Paulo (no final de 2000), passou a ser procurador de dez jogadores do time do Morumbi, inclusive França, Alexandre e as revelações Kaká e Renatinho. A oposição da diretoria do São Paulo vê com preocupação a excessiva influência de Ribeiro (há dez anos amigo de José Dias, diretor de futebol tricolor), pois acha que a amizade referida rende bons frutos apenas para Wagner Ribeiro. Coisa para se investigar seriamente, pois a influência de determinados empresários normalmente é nociva aos clubes e especialmente aos jogadores.”
O “Kaká”, então revelação é esse mesmo e um dos pouquíssimos jogadores que viraram. Na gestão de Dias, Ribeiro chegou a ter mais de 30 jogadores no elenco do São Paulo. Na maioria esmagadora eram jogadores que ficavam constantemente sendo emprestados a outros clubes. Dias teve negócios e até sociedade com o empresário – que, diga-se de passagem, não é ilegal, mas levantava suspeitas sobre o assunto. O retorno de gente como José Dias ao poder é certeza de belas disputas com a Portuguesa no Paulista, com o Avaí na Copa do Brasil e lutas dignas pelas vagas na Sulamericana.