Apresentação da temporada – Bologna

A corda no pescoço é a nova realidade do Bologna em anos recentes. O time bolonhês tem saudades da década passada quando era presidido por Giuseppe Frascara e quando teve nas suas linhas alguns craques como Roberto Baggio e momentos marcantes como uma semifinal de Copa Uefa. Agora é só suor.

Depois de voltar à Série A, o Bologna encerrou as últimas duas temporadas na 17a. posição – a última antes do rebaixamento. Sem grandes reforços, o Bologna aposta muito nos jovens e o rendimento deles pode fazer do ano uma surpresa ou uma perdição. As duas melhores perspectivas estão no ataque, com Meggiorini (nem tão jovems assim) e Paponi. O time precisa de uma alternbativa válida a Marco Di Vaio ou está fadado ao fracasso.

Na defesa, as duas laterais têm novidades. O austro-húngaro Garics sugere segurança na direita, mas na esquerda, o desconhecido Morleo desperta desconfiança [atualização: o Bologna contratou Matteo R ubin, do Torino, que pode ser uma boa surpresa na posição] . Portanova e Britos precisam de qualquer maneira de um interditor que cace o segundo atacante ou viverão fortes emoções.

As melhores notícias estão no meio-campo. O esloveno Krhin e o sueco Ekdal geram boas expectativas. Prova disso é que seus ex-clubes (Inter e Juventus respectivamente) não quiseram vendê-los (o primeiro está emprestado e o segundo em co-propriedade). O meio-campo tende a ser muito físico e as incursões laterais devem ficar por conta dos defensores externos.

Como se vê, não há indícios de um grande Bologna, nem mesmo por parte de seu treinador Colomba, cuja carreira jamais teve uma equipe grande. Antes do fim do mercado, o Bologna faria bem em se cobrir com pelo menos um externo capaz de ultrapassar a marcação dos laterais no meio-campo para poder desafogar a defesa. O goleiro Viviano é bem razoável, mas não fará milagres. O 17o. lugar nem é tão ruim assim…

Bologna (4-4-2): Viviano; Garics, Portanova, Britos, Rubin (Morleo); Buscè, Mudingayi, Krhin, Ekdal; Di Vaio, Meggiorini.

Treinador: F. Colomba.
Ponto Forte: meio-campo.
Ponto Fraco: ausência de externos no ataque.
Promessa: R. Krhin (meio-campista).
Destaque: Marco Di Vaio (atacante).

Prognóstico: candidatíssimo ao rebaixamento.

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Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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