Uma apresentação à altura do Brasil. Ainda não foi bom, ainda não houve brilho, mas foi o suficiente para todos irem para casa e darem a tarefa por feita. Bem Kaká, excelente Luis Fabiano e ótimos Gilberto Silva e Elano. Apesar da opinião geral, ainda acho Robinho o gastão displicente de sempre. O Brasil fez sua primeira partida de Copa. Com méritos.
A mudança de jogo brasileiro passou pela melhoria de Kaká e da liberdade adquirida por Gilberto Silva para fazer passes maiores. Mas a verdadeira facilidade veio com o golaço da jogada de Kaká e Luis Fabiano após um passe de Robinho. Ali acabou a pressão e os marfinenses é que passaram a ficar pressionados.
A expulsão de Kaká foi exagerada, mas revelou uma certa instabilidade do meia, que ainda está longe de seu melhor. Sem ele, Dunga deve escalar Ramires ou Daniel Alves no meio-campo e dificilmente o time ganhará ritmo. Terá mais força o que pode estar ok quando um ponto garante o primeiro lugar do grupo.
Preocupante é a atenção da defesa. Não foi só a zaga que falhou na marcação dos dois gols sofridos pelo Brasil. Os laterais não estão acertando o acompanhamento da defesa como um todo. Lúcio é um monstro na antecipação, mas pelo ar, o Brasil tem sido mais vulnerável do que devia. O erro é de conceito e os treinamentos estão com uma falha que os jogadores não têm em seus clubes. É ainda mais alarmante quando se percebe que além de uma zaga alta, o Brasil tem um quase zagueiro (Gilberto Silva) na confecção da defesa.
As margens de melhora do Brasil passam por três pontos. Um, a recuperação de Kaká, fisicamente falando. Dois, a compreensão por Robinho que os dribles fazem parte do jogo e não são um jogo em si só; três, a compactação da defesa quando lidando com incursões de atacantes dos atacantes e nas bolas alçadas na área . Luis Fabiano é um problema resolvido pois seus gols (o segundo, lindo e vergonhoso) lhe devolveram a calma.
