Kia Joorabchian

Não seria necessário, a quem não tem QI de ostra ou molusco [substituí o “débil mental” para não criar ruído], o bom comentário de Juca sobre o franco-anglo-belgo-afro-iraniano que já mandou no Cortinthians para esclarecer o tamanho de seu espaço no clube. Kia detém parcelas de jogadores e a ida de Robinho para o Santos é obra quase que exclusivamente sua. Andres Sanches é um matraqueiro sem tamanho, mas quando ele diz que se tivesse negociado com Kia para ter Robinho, seria crucificado. Está claro que a diretoria do Santos é muito menos inexperiente e ingênua do que quer fazer crer.

Se o futebol fosse só um antro sórdido de corrupção, Kia e figuras do gênero seriam impedidas de trabalhar. Na Inglaterra, sua atuação é vista com os piores olhos possíveis – embora nenhum dos grandes clubes recuse-se a trabalhar com ele. O problema é que o futebol só será um antro sórdido quando melhorar muito.

E assim, Kia, o cara que enterrou o Corinthians, o cara que tirou Oscar do São Paulo, o cara que tirou Tèvez do Manchester United e assim por diante, ainda circula pelo clube do Parque São Jorge,, mesmo que não necessariamente fisicamente. Não é necessário dizer que lidar com ele significa problema na certa. É só uma questão de tempo.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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