Entre as contratações hipotéticas para um time “futuro”, uma das mais em conta seria a do volante Demy De Zeeuw. Ele joga no Ajax, mas não é famoso, não é cotado para os grandes clubes e não é badalado. Para uma contratação, isso seria ótimo.
De Zeeuw chegou ao Ajax tardiamente, aos 26 anos (faz 27 em maio). Fez uma via crucis holandesa começando no ínfimo AGOVV (Alleen Gezamenlijk Oefenen
Voert Verder, da sua cidade natal, Apeldoorn), e depois passando ao Go Ahead Eagles. Mas só no AZ, pelas mãos de Co Adriaanse e Louis van Gaal é que transformou seu futebol num sustentáculo do time holandês.
Não espere show dele. Não é um mágico como Messi nem um engenheiro como Kaká; De Zeeuw me lembra mais Gattuso pela determinação, precisão no desarme, fôlego e bom passe. Além disso, ele tem excelente posicionamento e está sempre no cerne do jogo (é o quarto melhor assistente da Eredivisie, com 9 assistências), e na soma de seus gols e passes finais, soma 15 em 19 partidas. Nada mau para quem joga à frente da defesa.
O esquema do Ajax é bastante incomum. Dick Jol escala De Zeeuw como suporte na direita, para usar as descidas de van der Wiel, um lateral que se aproxima bastante; do lado oposto, Vurnon Anita, meia de origem, encosta em Enoh para apoiar Emanuelson – que joga de ponta mas é lateral. De Zeeuw é fundamental no esquema porque é o único homem idealmente dedicado à marcação. Mas o time tem jogado de maneira tão fluida que ele sempre aparece no ataque e tem sido fundamental.
A avaliação de mercado de DeZeeuw é de cerca de €7 milhões, bem pouco para os gastos de um megatime. Com Fàbregas e Makoun (o próximo analisado), formaria um trio fortíssimo, com grande qualidade de passe e fôlego para suportar as descidas de Dani Alves e Vargas, os laterais do tal time. Imagine: se a Juventus pagou mais de €20 mi por Felipe Melo e o Arsenal pagou mais de €30 mi por “Flop” Reyes, De Zeeuw sairia de graça.
