Diego

Diego parece definitivamente riscado da lista dungal, e mesmo na Juventus, seu futebol esmaeceu nas últimas rodadas. Um debate se gerava em torno de Kaká e Diego quando o primeiro aparecia no São Paulo e o segundo no Santos, sobre qual seria o melhor. Hoje é possível ver como a discussão era infértil. Kaká é o melhor do mundo na posição e Diego proporciona um lusco fusco, jogando bem em times médios como o Werder. Para dar certo na Juventus e no futebol italiano, Diego – que começou a temporada sob aplausos – precisa se dar conta que a marcação italiana é implacável. É a mais dura do mundo, mesmo com o futebol em baixa. Se quiser jogar, Diego tem de correr mais. Nisso, ele me lembra um pouco Alex, hoje no Fenerbahce: oceanos de talento limitados por uma mobilidade frágil. Excelentes em ligas que exijam menos fisicamente, mas que não conseguem fazer o salto entre o bom jogador e o fora de série.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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