Neste último domingo, o Paris Saint-Germain visitou o Monaco no estádio Louis II no Principado de Mônaco. O confronto valeu pela quarta rodada da Ligue 1 francesa, lembrando que o Monaco ainda que monagesco, disputa o campeonato francês. O PSG bateu o adversário por 3×0, ostenta 12 pontos em 12 possíveis, assim mantendo 100% de aproveitamento no torneio.
As atrações parisienses ficaram por conta da estreia do argentino Angel Di Maria, que entrou no decorrer da segunda etapa. Além do surgimento de Zlatan Ibrahimović, já na escalação inicial, o que cessou em definitivo os rumores de que o sueco poderia se transferir. Ibrah ainda não tinha entrado em campo pela Ligue 1.
A qualidade técnica que o dinheiro pode comprar fez a diferença para os parisienses. O Monaco ofereceu boa resistência em duelo tático interessante, mas viu-se em desgaste físico maior, uma vez que nas duas últimas semanas atuou no meio de semana, pelos playoffs da Champions League e sem sucesso.
O PSG abriu o placar no decorrer da segunda etapa, com o uruguaio Edinson Cavani complementando jogada de Matuidi. Cavani também anotou o segundo gol, após receber passe primoroso de Ibrahimović, que tocou rasteiro por entre os zagueiros que formavam a linha defensiva adversária, sem impedimento.
Minutos após o segundo gol, Di Maria fez sua estreia oficial pelo PSG, substituindo Lucas. Da faixa central de campo, o argentino lançou bola alcançada em velocidade por Lavezzi, que fez o terceiro gol da contagem.
O fator Di Maria.
A imprensa brasileira tem observado futuros problemas para o brasileiro Lucas, devido à chegada de Di Maria, que de fato, está sendo escalado pelo lado externo direito. Habitualmente, Di Maria atua pelo lado externo esquerdo. O técnico Laurent Blanc tem utilizado o desenho tático em 4-2-3-1, já a algum tempo e Di Maria é enquadrado na linha dos três meio-campistas.
A questão é que Di Maria tem algo além de Lucas, este exclusivamente um atacante de transição rápida. Di Maria pode atuar como meia armador, podendo ser centralizado na linha dos três meias. Devido a constituição corporal franzina e última temporada desgastante, Javier Pastore (que se recupera de lesão) pode sofrer um déficit físico. Di Maria será seu substituto imediato, tanto numérico quanto no quesito qualitativo.
Noutras palavras, Lucas e Di Maria podem atuar juntos. A formação inicial do PSG vem trazendo o ítalo-brasileiro Thiago Motta como volante/interditor fixo, a frente da defesa e titular absoluto. Motta era dado como certo no Atlético de Madrid, mas renovou seu vínculo com o PSG até 2017, após solicitação pública de Blanc. A disposição inicial teve Trapp, Aurier, Thiago Silva, David Luiz e Maxwell. Motta e Verratti, Lucas, Ibrahimović e Matuidi. Cavani.
Dependendo das circunstâncias de jogo o desenho pode variar para o 4-4-2 ou para o 4-3-3. Inicialmente volante, Blaise Matuidi se desloca de forma ofensiva como um externo esquerdo. À frente a movimentação alternada entre Ibrahimović e Cavani, dentro e fora da área, segue letal.
Na França o PSG manterá sua hegemonia sem muitos problemas, algo que o clube tenta realizar também na Champions League. Na última edição da CL, o time parisiense foi eliminado pelo Barcelona nas quartas de final, num momento em que seus melhores defensores (Thiago Silva e David Luiz), sofreram problemas físicos.
Imagem de Cavani: Valery Hache – AFP