O técnico Cesare Prandelli disse após a vitória por 4×3 sobre o Japão que não queria uma partida tão difícil quanto aquela novamente. Disse que estava preocupado com a recuperação de alguns atletas para a partida deste sábado em que a azzurra, acabou derrotada pelo Brasil por 4×2.
A partida realmente não valia muito, a não ser, fugir de um confronto imediato contra a Espanha. De Rossi se viu suspenso e Pirlo foi poupado, os dois atletas de idade mais avançada, ambos passaram dos 30 anos há muito.
A Itália de Prandelli seguiu incisiva. Com vinte minutos ou pouco mais, Prandelli novamente saca um meio-campista (Montolivo) para a entrada de um externo de jogo incisivo, hoje Giaccherini. Mudança taticamente e cronologicamente similar a que Prandelli propôs contra o Japão, na ocasião, saindo Aquilani para a entrada de Giovinco; ali com pouco mais de 20 min de partida, já com a Itália perdendo.
Contra o Brasil o meio–campo italiano teve Aquilani, Candreva, Marchisio e; Giaccherini podendo se projetar ao ataque pelos lados. Foi de Giaccherini o gol de empate italiano. No entanto, sem Pirlo a capacidade de retenção e passe longo se compromete drasticamente. E sem De Rossi a azzurra perde o seu “defense leader”.
O Brasil não precisou ser genial para vencer, uma vez que tinha a vantagem de não enfrentar a Itália sem a sua “espinha dorsal”. E Balotelli, (além do passe fantástico de calcanhar para Gaccherini, que culminou no primeiro gol italiano), sofreu pelo menos mais um pênalti não anotado.
Quando percebe a pressão contra si, Prandelli não tem medo de lançar o time a frente, nem de propôr mudanças ainda no primeiro tempo da partida. Há dez anos atrás a moda no futebol italiano era importar laterais sul-americanos transformando-os em externos ofensivos, por ex. Serginho, Mancini; tornando-os inúteis para a seleção brasileira. O futebol italiano mudou, externos incisivos como Giaccherini ou Giovinco jamais serão eleitos Bola de Ouro, mas demonstram de forma válida essa evolução ofensiva.
Esta ofensiva Itália é basicamente a mesma finalista da EURO 2012 que enfrentou exatamente a Espanha na decisão, sendo goleada por 4×0. A Espanha com certeza é favorita no confronto da semifinal desta Copa das Confederações. Se anotar um ou dois gols ainda no primeiro tempo, a Espanha pode fazer algo parecido com o que fez na última EURO. Ambas as seleções europeias tem sofrido com o forte calor brasileiro, sobretudo na segunda etapa das partidas.