Não ficarei esmiuçando os dados de cada jogo aqui, passarei apenas as impressões mais fortes que tive numa Champions League que se prenuncia enquanto muito promissora em termos de espetáculo. Seja porque alguns clubes tradicionais surgem muito fortes, seja porque outros ‘emergentes’ ficaram bilionarios de uma hora para outra.
A primeira rodada marcada para hoje trouxe jogos dos grupos A, B, C e D. No grupo A o PSG aplicou uma vistosa goleada no Dínamo Kiev da Ucrânia, atuando no Parque dos Príncipes de Paris. Ibrahimović anotou o primeiro gol de pênalti num placar de 4×1 onde outros três gols brasileiros foram anotados. O zagueiro Thiago Silva anotou dois gols e o zagueiro Alex também deixou o seu.
O Porto bateu o croata Dínamo Zagreb por 2×0 e lidera o grupo a junto ao PSG com 3 pontos cada um. Pelo grupo B na França o Montpellier recebu o Arsenal que venceu de virada por 2×1. Podolski e Gervrinho anotaram para os gunners. O Schalke 04 bateu o Olympiakos por 2×1 e lidera o grupo B ao lado do Arsenal.
Enquanto os ex-rossoneros Ibrahimović e T. Silva justificavam os 63 milhões de Euros investidos pelo PSG, o Milan sofreu num 0x0 dentro de San Siro contra o belga Anderlecht. O rossonero e os belgas dividem o segundo posto do grupo C com um ponto atrás do líder Málaga que surpreendeu aplicando 3×0 em cima do Zenit. O argentino Javier Saviola anotou um dos gols e foi destaque pelo time espanhol que também teve o desconhecido Isco anotando dois gols.
Enquanto isso em Madrid…
Todas as expectativas se davam em torno de Real Madrid e Manchester City no Santiago Bernabeu. O clima em Madrid não era bom após a derrota dos blancos para o Sevilla no último fim de semana por La Liga. Os merengues já observam o Barcelona liderar a liga nacional com 8 pontos de vantagem.
Mourinho dispôs o jovem zagueiro francês Varane no miolo de zaga junto a Pepe e postou Michael Essien seu pupilo dos tempos de Chelsea recém contratado, a frente de defesa. Apesar do empate no primeiro tempo o Real Madrid dominava os citzens finalizando em gol ampla e nitidamente. José Morinho mandou a campo Casillas, Arbeloa, Pepe, Varanes e Marcelo. Essien, Xabi Alonso e Khedira. Di Maria, C. Ronaldo e Higuain.
Özil foi para o banco para a entrada de Essien que apesar da falta de ritmo deu boa consistência defensiva ao meio de campo merengue. Pelo lado dos citzens, o goleiro Joe Hart fazia a diferença em defesas difíceis. No ataque Carlitos Tevez formou dupla de ataque com David Silva. O City porém fazia pouco limitando-se a sair nos contra-ataques.
No decorrer do segundo tempo quem sai na frente é o City sintomaticamente logo após Essien sair para dar lugar a Özil. Yayá Toure e Edin Dzeko que entrara a pouco (no lugar de David Silva) disparam em contra ataque superando o miolo de zaga blanco e um desesperado Khedira. Toure toca para Dzeko fazer City 1×0.
O brasileiro Marcelo era um dos melhores em campo aproveitando as subidas do compatriota Maicon pelo lado direito do City. Aos 32 min Marcelo que vinha finalizando muito a longa distancia acerta um belo chute e empata, 1×1. Pouco depois em cobrança de falta de Kolarov, Casillas falha e o City chega a frente novamente, 2×1. Benzema vem a campo para o lugar de Higuain e aos 43 do segundo tempo empata novamente, 2×2.
De longe já era a melhor partida do Real Madrid pela CL desde que Zidane se aposentou. No fim já bastante esgotado, Cristiano Ronaldo como bem notou Juca Kfouri na rádio CBN após o jogo, tenta a sua décima finalização e VIRA! Real Madrid 3×2 Manchester City, placar final. Os blancos lideram o grupo D junto ao alemão Borussia Dortmund que bateu o Ajax por 1×0, gol do destaque polonês Lewandovski.
Em especial a disputa neste grupo D está apenas começando. O Manchester City tem valores individuais interessantes mas falta um jogador realmente diferenciado no setor ofensivo do meio de campo. Seu primeiro gol saiu em contra-ataque apenas quando o mais experiente marcador blanco saiu de campo.
O segundo gol foi feito de bola parada. Vale lembrar que o técnico citzen Roberto Mancini só venceu a Série A italiana com a Inter porque tinha um Ibrahimović e porque Milan e Juventus se viam fora do páreo nas ocasiões vencidas pelo citado treinador. É pouco e o City tem muito ‘menos camisa’ do que o Chelsea há seis, sete temporadas atrás, por exemplo.
Já o Real Madrid foi superior o tempo todo, buscou jogo, pareceu esquecer a empáfia que observamos nos últimos dez anos de CL. Chegou mais de 70% de posse de bola. Mourinho foi certíssimo ao dispor três volantes em campo e principalmente ao trazer Essien no finzinho da janela de transferências. E Cristiano Ronaldo que é bem menos do que imagina ser, faz sim a diferença!
Errata: alguns posts atrás eu afirmei Nordsjaelland é norueguês. O clube no entanto é da Dinamarca como informa o irrepreensível guia da Champions League, parte da edição de setembro da revista da ESPN brasileira.
O Nordsjaelland compõe o grupo E cujo embate principal se da amanhã entre Chelsea e Juventus. Outros destaques são a estréia do Barcelona pelo grupo G contra o Spartak Moskow e o Manchester United recebendo o Galatasaray pelo grupo H.
