Preview da temporada: Roma

Investimento: quase €55 milhões – recorde na Itália 2011.
Reforços: inúmeros – de Lamela e Pjanic a Kjaer e Borini.
Ausências: Mènez e Vucinic, duas peças importantes que não sobreviveram a Totti.
Técnico: Luis Enrique, outro investimento – este corajoso e arriscado.
Destaque: Como há mais de uma década, Francesco Totti.
Aposta: Bojan, uma promessa catalã sem espaço.
Ponto fraco: entrosamento e pressão.
Luta por… uma vaga na Liga dos Campeões, se Luis Enrique não for degolado rapidamente.
Na temporada… a Roma renasce. Com o investimento do ítalo-americano Di Benedetto, o clube passa da míngua dos últimos anos da família Sensi a um player de peso no mercado. A nova direção buscou um técnico jovem e com o perfil de Josep Guardiola no próprio Barcelona, mas é diferente para um catalão se dar bem na Catalunha e em Roma. Luis Enrique já deixou claro que concorda com o que os últimos três treinadores fizeram: que Totti não tem mais fôlego para jogar todo jogo. Só que ainda nas eliminatórias da Europa League, sem Totti  e apostando em…Okaka…Luis Enrique colocou mais pedras em seu caminho. Se ele sobreviver, seu time certamente será voltado ao ataque, com bons jogadores em todos os setores, mas ainda precisando de entrosamento. Uma coisa parece certa: Totti não será mais o ponto cardeal do time, até porque jogadores chegaram para sua posição. Lamela, Pjanic e Bojan merecem atenção, mas se algo não for bem, as chances de o clamor por Totti virar pressão são altíssimas. O capitão começa como titular, até porque é talentoso para ser primeira escolha, mas não pode continuar rendendo somente em casa e contra o Cesena. Sob esse ponto de vista, a eliminação na Europa pode até ser uma ajuda. Em campo, ele ainda será o terminal ofensivo e referência de ataque. Só não devem mais é ser a única.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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