Apresentação da temporada – Napoli

O Napoli é um time do qual se espera mais do que ele pode dar. Muito disso é por conta do fanatismo quase religioso da torcida, que vive numa cidade aboslutamente sem perspectiva, esmagada entre a violência da Máfia e o preconceito do norte do país (quem se interessar pelo assunto deve ver Napoli, Napoli, Napoli, do cineasta Abel Ferrara). Mas parte também é pela sede de importância do dono do clube, Aurelio De Laurentiis.

O Napoli tem um craque – Marek Hamsik, que em Madri, Barcelona ou Londres, seria titular absoluto, capaz de impostar jogo, defender e fazer gols com a mesma desenvoltura. O resto do grupo é bom, mas não mais que isso, só que joga para cima de si uma expectativa de Liga dos Campeões quando mal e mal responde pela Europa League cuja vaga foi conquistada na temporada passada.
O Napoli consegue ter dois bons externos (Maggio e Dossena) e dois bons medianos (Gargano e Blasi), mas tem dois atacantes que precisam fazer o salto de qualidade – Lavezzi e Cavani. A zaga é o retrato do time: boa, mas não excelente. Quando vence é enterrada em louros; quando perde, em ácido.

Onde o Napoli pode chegar? “Poder”, pode chegar à LIga dos Campeões, mas dada a concorrência acirrada (Genoa, Fiorentina, Roma, Milan, Juventus), deve acabar com a Europa de segunda classe.

Napoli (3-4-2-1): De Sanctis; Santacroce, Cannavaro, Campagnaro; Maggio, Gargano, Blasi, Dossena; Lavezzi, Hamsik; Cavani.

Treinador: W. Mazzarri.
Ponto Forte: meio-campo.
Ponto Fraco: inconsistência no ataque.
Promessa: R. Maiello (meio-campista).
Destaque: M. Hamsik (meio-campista).

Prognóstico: vaga na Europa League.

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Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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