Um clube que é modesto mas por conta de cicunstâncias recentes, criou na cabeça da torcida a ilusão de grandeza que não tem. A frase poderia definir pelo menos meia dúzia de clubes brasileiros (ou mais) que se entendem “grandes” por conta de trezentos e oitenta campeonatos estaduais – mas aqui trata-se da Lazio.
Bom elenco e time titular com ótimo potencial. Contudo, o grupo é curto. Vários nomes entre os melhores – Hernanes, André Dias, Ledesma, Zárate – não tem reposição. Sem eles, o time despenca. O primeiro time disputaria vaga na Liga dos Campeões se bem treinado; o segundo, luta para não cair.
O técnico Edoardo Reja botou Hernanes como trequartista porque porvavelmente nunca o viu atuando como volante. Na estreia no campeonato, Hernanes no 3-5-2 agindo como meio-campista puro, fez 5 desarmes; avançado, nenhum. Se for efetivado à frente, tende a tornar-se um jogador razoável. Mais recuado, pode ser fora-de série. No seu nível, só Zárate em seus melhores dias. Atrás, uma boa zaga que atua melhor com três homens mas que não tem um ala bom o suficiente para o esquema.
No 4-3-1-2, a Lazio perde a força de Hernanes. No 3-5-2, tem dificuldade para manobrar a bola pelos flancos e sofre o contragolpe. Encontrar esse equilíbrio ou não define a sorte do time na liga. Um 4-4-2 à brasileira, com dois medianos livres para sair e dois defensores externos mais fixos poderia resolver o problema, só que Reja não parece inclinado a uma saída do gênero.
Lazio (4-3-1-2): Muslera; Lichtsteiner Biava, Dias, Radu; Brocchi, Ledesma, Mauri; Hernanes; Zárate, Rocchi.
Treinador: E. Reja.
Ponto Forte: se ninguém surtar, o fato de jogar sem grandes expectativas.
Ponto Fraco: time titular muito superior ao reserva.
Promessa: Radu (lateral-esquerdo)
Destaque: Hernanes (meio-campista)
Prognóstico: vaga na Europa League dá para buscar.
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