Há espaço para pequenos clubes provincianos no futebol moderno? Bem, espero que sim. Clubes como o Cesena moldam os jogadores que fazem a diferença aprendendo a jogar contra times mais fortes, sem grandes elencos e mais próximos da torcida. A dificuldade é justamente viver eternamente como o David que jamais (ou quase) vence Golias.
O técnico Massimo Ficcadenti, um zagueiro de história no Torino, já na estreia contra a Roma, povoou o meio-campo com três volantes. Appiah, um velho conhecido de fé juventina, é o mais técnico, mas ainda assim dá atenção á fase defensiva. Os ataque ficam a cargo dos atacantes externos. Schelotto e Giaccherini, que são dois tornantes (atacante que parte do meio-campo buscando mais o cruzamento do que o arremate), para a conclusão de Bogadni, outro veterano das divisões menores da Itália.
No papel, o Cesena luta para não cair, mas como mostrou em Roma no sábado, venderá caro a sua pele. Times aguerridos e bem determinados podem causar muito estrago no futebol italiano, que é caracterizado por um ritmo mais baixo. Para chegar na 38a. rodada salvo, precisará mesmo assim de muito esforço.
Cesena (4-3-3): Antonioli (D. Cavalieri); Cecarelli, Von Bergen, Pellegrino Nagatomo; Appiah, Colucci e Parolo; Schelotto, Bogdani, Giaccherini.
Treinador: M. Ficcadenti.
Ponto Forte: defesa
Ponto Fraco: meio-campo
Promessa: O. Ighalo (atacante)
Destaque: Y. Nagatomo (defensor)
Prognóstico: não cair.
