Seis e quase meia dúzia

Seis e meia duzia

Marcello Lippi cortou Grosso e Candreva da lista. Meio acerto – ou meio erro, conforme se quiser avaliar. Grosso foi um fantasma na temporada e sua saída só corrige um erro anterior. Candreva, não sei.

A seleção italiana é um time sob pressão. A omertá italiana, na qual não se trai um companheiro, está lá. Lippi convocou pelo menos meia dúzia de uomini fedeli, mas eles não têm como fazer um time. Camorartrose e Cannavelho não são mais jogadores nem de ITália, nem de Juventus e talvez nem de Parma ou Napoli. Grosso, um pouco menos. Não é mais de seleção, mas ainda pode jogar numa grande.

Candreva não tem este estofo. Para Lippi, ele não é alguém a quem o técnico deve alguma coisa. É talento, promessa. Só que, visto desse jeito, não é nada, porque mesmo ele não jogou horrores na Juventus (aliás, porque nem Messi jogaria). O problema da seleção italiana é a concepção, um misto de técnica com amizade, um binômio ideal, quando equilibrado. Mas há muito pouco da primeira e demais da segunda.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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