Itália, Inglaterra e Alemanha são alguns dos selecionados que vão chegando à Copa sob olhares desconfiados. Eu diria: tenhamos cuidado. A Copa do Mundo é pródiga em fazer azarões darema volta por cima. O Brasil está com paz de espírito, mas precsia focar, especialmente os medalhões que venceram tudo. Humildade é o degrau mais importante agora.
A Itália tem uma seleção que não empolga. É verdade. Mas em 2006 era assim e em 1982, era bem pior. Os italianos, quando chegam morrendo ao Mundial, têm uma capacidade fantástica de regeneração. Caso uma ou outra lesão tirem do time nomes que estão jogando muito mal, como Cannavelho, por exemplo, o estilo catenacciario italiano é incômodo, mesmo que os prognósticos sejam péssimos (eu mesmo tenho dificuldades para ver a Itália competitiva, mas lembremos que os italianos deram vexame na primeira fase de 2006).
A Alemanha perdeu Ballack, mas tem um time muito equilibrado. Não há craques, mas vários jogadores muito bons. Um ponto positivo: nenhum alemão hoje é “dono” da vaga. Sem Ballack, todos os jogadores precisam se esforçar. Alemães esforçados e com algum talento são, igualmente aos italianos, problemas em potencial.
E tem os ingleses. É um time afogado em gossips, lesões e descrédito. Justamente por isso acho que a Inglaterra tem condição de ir longe. Fabio Capello vai espremer seus jogadores na disciplina e há talento ali – Rooney, Gerrard, Walcott. O ponto decisivo para mim é saber se Gareth Barry se recuperará. Ele arrastado para o meio-campo foi a decisão crucial na virada de resultados da Inglaterra. Sem ele, Capello precisa tirar um coelho da cartola.
PS: não estava confundindo nada, Michel… 🙂
Michel e outros caros: lamentavelmente me lembro mais de 1982 do que qualquer outra Copa. Aquele Brasil era o melhor que eu tinha visto jogar e me lembro tb que a Itália era chacoteada violentamente. Monstros como Scirea e Antognoni viraram ícones graças àquela Copa, mas até então a Itália só era unanimidade na beleza (era tida como a seleção de homens mais bonitos, algo que viraria uma crítica “a mais”, algo como o que ocorria com Beckham). Não aposto na Itália, longe disso, mas em copa do mundo, time que chega badalado se f… e times dados como mortos (entre outros exemplos, a França de 1998) costumam criar problemas.
esse time da Alemanha pra mim vai fazer campanha similar a Euro 2008, que ninguém falava nada, e eles foram vencendo, vencendo, e chegaram na final… tem um time equilibrado, com bons jogadores, nenhuma vedete, enfim, time com potencial pra chegar entre os 4.
a italia de 2010 sera igual ao brasil de 2006!
Não vivi 82, mas vivi 2006 e acho que a situação da Itália é completamente diferente, porque a seleção de 2006 tinha mais talento e um time mais inteiro. Pirlo e Gattuso estavam voando, Cannavaro ótimo, Toni em boa fase, Totti e Del Piero ainda dando caldo.
Esse time que vai à África é a caricatura da Copa passada. Os que sobraram daquela base estão velhos e em péssima fase, os que saíram foram substituídos por gente de futebol duvidoso. Falta talento e gás. Se muito, a Itália chega nas quartas e só, meu palpite.
Estava nascendo em 82, mas a favor do grupo de 2006 em relação a este atual contava o fato dos jogadores passarem por comprovadas boas fases em seus clubes. Como só se dá bem em bolão quem se arrisca, a Itália é a minha maior aposta de “grande que fica na primeira fase” desta vez. Num daqueles clássicos jogos onde adora se complicar, perde de 1×0 pra Eslováquia, que passa com o Paraguai.
Mas não sou anti-italiano!!
Abraços.
Cassiano, quanto a “tenríssima idade” você deve estar me confundindo com outra pessoa. Tenho 34 anos, mas realmente não me lembro de detalhes daquela Itália. No entanto, quis dizer no meu comentário que tanto o time de 82 quanto o de 2006 eram recheados de grandes jogadores e que o último vinha de bons resultados.
Sobre a seleção de 82, acabo de ler o ótimo “As melhores seleções estrangeiras de todos os tempos” onde essa Azzurra é devidamente destrinchada por Mauro Beting. Realmente a pressão sofrida por aquele grupo foi impressionante, mas, a qualidade daqueles jogadores também era.
Abraços.
Michel, dada a sua tenríssima idade, vc nao deve lembrar, mas a seleção de 1982 desembarcou na Espanha sem falar com a imprensa e os jogadores eram mais que questionados. Era uma seleção de monstros (exceto o Paolo “carrasco” Rossi, que fez o jogo de sua vida contra o Brasil), mas essa imagem se conbstruiu com a conquista. Aos vencedores, tudo. Aos perdedores, as batatas…
Sim, verdade, mas até o jogo dos EUA, a Itália era uma lástima. Sempre desconfio da Itália quando chega morrrrrrrrrendo. abs e volte sempre
Caro, primeira vez que escrevo aqui (tentarei escrever mais). Só discordo de uma coisa: que a Itália tenha feito uma primeira fase vexaminosa em 2006. Se passou sufoco, foi só em algum momento do jogo contra os Estados Unidos. Passou bem por Gana, e com um pé nas costas por uma República Tcheca aturdida pelo sacode que levou dos ganeses.
Existe um equívoco histórico quando se fala da Itália em 1982 e 2006. Ao contrário do que se costuma dizer, ambas as versões eram compostas de grandes jogadores. Além disso, antes do último Mundial, a Azzurra havia colhido bons e convincentes resultados. Se houve ali superação, esta aconteceu no que se refere ao isolamento do que rolava no Calciopoli.
Por outro lado, vejo o atual grupo italiano como o de 86. Fraco e envelhecido. Não desprezo nunca, mas não aposto nenhuma ficha.
Abraços.
Essa geração inglesa já caiu em descrédito. Desde a Euro 2004 fala-se de Terry, Lampard e Gerrard…
Assino embaixo o que vc diz a respeito da Inglaterra que pra mim é a favorita pelo menos dentre os europeus. Há também o ‘ranço’ de terem sido eliminados quando tinham um ‘bom grupo em idade util’ em 2006, a não classificação para a Euro o que, ao meu ver, gera alguma motivação ou vontade minima de provar alguma coisa. Isso é claro pq há comando na pessoa de um cara vitorioso, Fabio Capello.