Juve – a falência administrativa

A pior perda da Juventus em Calciopoli não foi Ibrahimovic. O sueco é um excelente jogador, mas arrogante demais para virar o craque que quer ser. A pior perda foi Luciano Moggi. O ‘capo’ juventino, responsável direto pela derrocada da Itália como nação, é o melhor dirigente do mundo em termos de contratações. Moggi sempre foi capaz de selecionar jogadores adequados para seus times e raramente punha os pés pelas mãos. Sem ele, a Juve perdeu força e cérebro. Não que seja de se lamentar a saída de um cidadão deste tipo do futebol, mas para a Juventus foi um golpe de morte.

No lugar de Moggi, assumiu Alessio Secco, um absoluto neófito sem nenhum talento (está de saída do clube). Todas as escolhas da Juve, exceção feita à de Claudio Ranieri, no período pós-escândalo, foram erradas. Deschamps, Ranieri e Ferrara, bem como os mercados falimentares que contrataram Boumsongs, Cáceres e Knezevics são dignos de dó. Enquanto isso, medalhões como Camoranesi e Salihamdzic permaneciam num elenco velho. Zaccheroni? Não é mau técnico. Serve a uma Juventus realista que lute por vaga na Copa Uefa, mas paga o preço de um elenco detonado.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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