Na Espanha, ele é o 7. Já tirou isso de Raúl, que apesar de ser a segunda maior farsa da história do futebol (a primeira é Guti), é o maior goleador do Real Madrid e seleção. Quero dizer, é por pouco tempo. David Villa é, com Fernando Torres o maior atacante da Espanha na história – ou pelo menos até Emilio Butrageño, o “Abutre”, que mandou a Dinamarca às favas em 1986.
Villa é o atacante moderno na sua síntese. Forte rápido, ambidestro, com senso de posicionamento, senso de marcação, bom no jogo aéreo e versátil. Pode jogar em qualquer posição do ataque, embora seja melhor quando mais próximo à área e com liberdade de retornar.
Até aparecerem Villa e Fernando Torres, ao jogar Football Manager (o legendário CM), eu tinha uma regra de ouro: jamais contratar jogadores espanhois. A regra era parcialmente relacionada com a vida real. Todos os atacantes que se deram bem na Espanha e emigraram, floparam. E muitos engodos que não convenciam em lugar nenhum, deram conta do recado na Espanha. Isso valeu até Fernando Torres ir para o Liverpool. O “Niño” é mesmo um matador nato.
Villa terá o mesmo sucesso, não tenho dúvida. É a contratação ideal para um time grande que sinta falta de um goleador e que pode dar o salto de qualidade num time. Com ele, a Espanha se candidata à sério a ser campeã mundial. Não sairá do Valencia por menos de €50 milhões – e por esse valor não sei se vale a contratação (nenhum jogador vale, a menos que se trate de um Zidane). Mas, lembremos, nessa “seleção”, o meu “clube” tem um “sugar daddy” abramovichesco que pode tudo. Daí, Villa é nome certo.