O STJD é a cara de um Brasil

O STJD é a cara do Brasil, mas de um Brasil específico.

O Brasil de Edison Lobão.

O Brasil de José Sarney.

De Luis Zveiter, Roberto Horcades, Paulo Maluf.

O Brasil do gol de mão comemorado como sendo “mais gostoso”

Do “malandro” que quando se dá bem às custas dos outros dá risada.

O Brasil do apagão, do mensalão, da corrupção endêmica que vem pelas mãos dos autoproclamados guardiães da moralidade e decência.

O Brasil da democratura onde existe a opinião certa e a opinião errada.

O Brasil do PMDB, de Renan Calheiros, de certos deputados canalhas que fazem leis para diminuir a proteção aos animais e aumentar o desmatamento.

Todos esses Brasis, filhos do Brasil escravocrata, burocrata, elitista, oligarca, autoritário, colônia de si mesmo, estão retratados no STJD. O mesmo Brasil de sempre, dos vagabundos aos quais Márcio Moreira Alves se referiu no discurso de 1968.

Mas não do meu Brasil. Esse Brasil eu sempre vou renegar.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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