Empoli

Estádio: Carlo Castellani (19.847 lugares).
Técnico: Luigi Cagni.
Estrela: F.Tavano (atacante)
Fique de olho: Lino Marzoratti (defensor)
Quem chegou: Matteini (Pescara), Coralli (Pizzighettone), Pellecchia (Pisa), Bonetto (Ascoli), Saudati (Atalanta)
Quem saiu: Riganò (Fiorentina), Coda (Udinese), Tosto (Ascoli), Pozzi (Milan), P.Zanetti (Ascoli), Maxwell (Inter), Bonetto (Lazio), Serafini (Siena)
Pretensão: evitar o rebaixamento.

O Empoli foi dormir no final da última Série A com a vaga na divisão máxima garantida. Só que durante o escândalo do ‘calciocaos’, se viu com uma bela vaga européia ao seu alcance. Quase. Não deu porque o clube não tinha pedido à Uefa a licença necessária para disputar uma competição européia.

Mesmo assim, o time tem um grupo bastante competitivo para enfrentar esta temporada. Com o mesmo treinador que foi o responsável pela guinada na performance do time no último torneio, o Empoli espera principalmente de seu atacante Tavano um grande campeonato. O esquema 4-2-3-1 é moldado para ele, onde Buscé, Vannucchi e o neo-contratado Matteini fazem o suporte para o atacante.

Dá para segurar mais um ano de Série A? Sim dá. Mas não será mamão com açúcar. Balli é um bom goleiro, mas exceção feita à Mateini, o Empoli não recebeu nenhum nome que inspire novas reações. Uma temporada, como sempre, de muito suor à espera dos toscanos.

Lazio

Estádio: Olímpico (82.307 lugares).
Técnico: Delio Rossi
Estrela: Makinwa (atacante)
Fique de olho: De Silvestri (lateral/meio-campista)
Quem chegou: Makinwa (Palermo), Ledesma (Lecce), Mutarelli (Palermo), Bonetto (Empoli), Sereni (Treviso).
Quem saiu: Liverani (Fiorentina), Piccolo (Juventus), Giallombardo (Livorno), Bonanni (Palermo)
Pretensão: metade de cima da tabela

A Lazio pode se der por satisfeita com o desfecho do escândalo. O rebaixamento estaria de bom tamanho, dado o envolvimento que o clube teve na mutreta. Agora, a temporada ficou ainda mais dura, porque o clube parte de -11 pontos para tentar chegar à vaga Uefa, que parece improvável.

O clube romano fez uma grande contratação em Makinwa. O centroavante nigeriano é excelente e joga com velocidade ou força física entre os zagueiros, conforme a necessidade. Com um meio-campo muito robusto e com dois externos habilidosos (Behrami e Pandev), o time não deve sentir, tecnicamente, a saída de Paolo Di Canio. No campo da liderança, aí é outra história…

A temporada ‘laziale’ tem todas as prerrogativas para acontecer sem sobressaltos. Um time sem estrelas, é verdade, mas com boas promessas e um forte núcleo italiano. A Copa Uefa parece distante por causa da competitividade do campeonato, mas o rebaixamento só se aproxima com um acidente.

Livorno

Estádio: Armando Picchi (18.200 lugares).
Técnico: Danielle Arrigoni (novo).
Estrela: Cristiano Lucarelli (atacante)
Fique de olho: Luca Mazzoni (goleiro)
Quem chegou: Vidigal (Udinese), Danilevicius (Avellino), Cordova (Ascoli), Giallombardo (Lazio), Pasquale (Inter,) e Manitta (Bologna), Vigiani (Reggina), Pavan (Sampdoria).
Quem saiu: Giallombardo (Lazio), Vigiani (Reggina), Perna (Modena), De Ascentis (Torino), Palladino (Juventus), Coco (Inter), Ruotolo (Sorrento), Vargas (Salzburgo – AUS), Lazetic (Torino), Acerbis (AlbinoLeffe), Cordova (Messina), Ginestra (Ternana), G. Colucci (Catania)
Pretensão: evitar o rebaixamento.

A sorte do Livorno no campeonato italiano depende de um nome: Cristiano Lucarelli. O artilheiro-capitão do clube toscano é o talismã da equipe e sua presença mantém as expectativas do clube na parte de cima da tabela, sua saída significa uma proximidade do rebaixamento. O que vai acontecer? Só dá para saber quando as transferências acabarem, em setembro.

Com uma defesa experiente e um dos melhores goleiros da nova geração (Amelia), o técnico Arrigoni tem armado seu time com três meio-campistas fortes, além, dos meias-atacantes. Assim como o Empoli faz com Tavano, o Livorno joga para Lucarelli. Com o seu capitão, o Livorno se salva tranqüilo, sem ele, fica uma grande incógnita.

Messina

Estádio: San Filippo (43.000 lugares).
Técnico: Bruno Giordano (novo).
Estrela: Alessandro Parisi (defensor).
Fique de olho: Gaetano Calá (defensor).
Quem chegou: Gentile (Crotone), Lavecchia (Juventus), Iliev (Genoa). Masiello (Udinese), Cordova (Ascoli).
Quem saiu: Antonelli (Chievo), Donati (Milan), Sculli (Juventus), Nanni (Siena), Nocerino (Juventus), Aronica (Juventus), D’Agostino (Udinese), Zanchi (Juventus)
Pretensão: evitar o rebaixamento.

Salvo com a queda da Juventus, o Messina tem uma dura tarefa diante de si. Sem dinheiro, não fez nenhuma contratação empolgante e ainda perdeu vários de seus principais jogadores que estavam por empréstimo (Sculli, Donati, Zanchi).

Para esta temporada, o Messina entregou o comando do time a Bruno Giordano, que era considerado a maior promessa da Itália em 1978, até ser envolvido no escândalo do Totonero. Como treinador, terá uma estréia na Série A bem mais difícil do que como jogador, com a Lazio, em 1975.

Giordano tem sido tradicionalista ao manter o 4-4-2 da última temporada. A defesa é experiente e menos ousada, comandada pelo lateral Zoro (notório por ter sido xingado pela torcida interista) e por Parisi, que chegou a ser chamado por Lippi para a seleção. Coppola é o organizador no meio-campo e Di Napoli, o provável centroavante. Grandes esperanças? À primeira vista, não.

Parma

Estádio: Ennio Tardini (28.283 lugares).
Técnico: Stefano Pioli (novo).
Estrela: Domentico Morfeo (meia-atacante)
Fique de olho: De Lucia (goleiro)
Quem chegou: Budan (Ascoli), Ciaramitaro (Cesena), Kutuzov (Sampdoria), Virgili (Napoli), Gasbarroni (Sampdoria), Bocchetti (Piacenza), Muslimovic (Udinese).
Quem saiu: Marchionni (Juventus), Simplicio (Palermo), Corradi (Manchester City), P.Cannavaro (Napoli), Pasquale (Livorno), Rosina (Torino), Ruopolo (Triestina), Guardalben (Palermo), Bresciano (Palermo), Bonera (Milan)
Pretensão: evitar o rebaixamento.

Dada a situação pré-falimentar do Parma há três temporadas, até que o clube têm se saído honrosamente. Neste campeonato, o time deve sofrer mais uma vez para se segurar na divisão principal, mas a esta altura, já esta acostumado à nova realidade.

Sem Marchionni, Bresciano e Simplício, que eram os eixos do meio-campo, o Parma revela novos rostos. A defesa jovem é comandada pelo capitão Cardone (atenção ao promissor goleiro De Lucia). Ciaramitaro, que chega do Cesena, tem sido muito bem avaliado na Série B como um volante com recursos. No ataque, Morfeo e Kutuzov devem ser os encarregados de armar as jogadas de ataque para Dedic e Muslimovic.

A maior incógnita do time é o novo técnico, Pioli, ex-jogador natural da cidade de Parma. Se o clube acertar no começo, Pioli pode ter tempo para patinar eventualmente depois, mas de outro modo, ele roda. Elenco para se garantir, o Parma tem. Precisará mesmo é de tranqüilidade.

– A opção de Crespo pela Inter é um resultado direto da falta de esforços que o Milan fez no ano passado para reter o jogador depois da derrota de Istambul, na Liga dos Campeões.

– O jogador ficou ressentido e preferiu a Inter aos rivais.

– Com a contratação de Crespo pela Inter, o Milan fica com poucas opções além de Ibrahimovic.

– Em outro fronte, o clube aguarda o desfecho da briga de Gallas com o Chelsea.

– A lama parece não acabar.

– Na noite desta segunda-feira, a Reggina foi indiciada no inquérito do ‘calciocaos’ e será julgada, podendo perder sua vaga na Série A.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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