O inglês Manchester United visitou o turco Fenerbahçe na última quinta-feira, numa partida válida pela quarta rodada da fase de grupos da Europa League. Os turcos impuseram uma vitória por 2×1, recuperando-se da derrota por 4×1 diante dos próprios red devils, na terceira rodada.
O confronto deixou o United novamente na terceira colocação do grupo A, com 6 pontos, um a menos do que o primeiro e segundo colocados que se classificam para o mata-mata. O Fenerbahçe lidera no critério desempate, tendo o Feyenoord na vice-liderança. Ambos ostentam 7 pontos.
Fenerbahçe
O técnico holandês Dick Advocaat contou com o fator campo de Istambul (Turquia), onde o Fenerbahçe foi empurrado por sua própria torcida. Os times europeus geralmente tem grande dificuldade quando se sujeitam a visitar os domínios turcos. Entretanto Advocaat propôs uma formação cautelosa.
A escalação teve Volkan, Sener, Kjaer, Skrtel e Hasan Ali. Souza, Mehmet Topal, Alper. Lens, Moussa Sow e Sen. O modulo tático variava o 3-5-2 e o 3-4-3, com dois externos abertos pelos lados (Lens e Sen) proporcionando um tridente ofensivo. Advocaat optou por deixar Robin Van Persie no banco, ordenando seu time a sair nos contra-ataques.
O Fenerbahçe decidiu o jogo em dois lances capitais. O primeiro gol saiu com apenas 69 segundos de jogo. O senegalês Moussa Sow abriu o placar com uma bela bicicleta, aproveitando lançamento da esquerda. Sow se via posicionado entre os dois zagueiros de área dos red devils.
Os turcos mantinham-se fechados saindo em contra-ataques, apenas quando possível. E obtinham êxito quando os laterais adversários Darmian e Shaw se lançavam à frente. O segundo gol turco surgiu na segunda etapa, após cobrança de falta magistral de Jermain Lens, sem chances para o goleiro David De Gea.
Mesmo jogando no contra golpe, o Fenerbahçe ostentou 52% de posse de bola, criando 6 ocasiões de gol, das quais 4 foram em gol e 2 se concretizaram. Dados levantados pelo The Guardian.
Manchester United
Enfrentando problemas de ordem física em seu plantel, José Mourinho dispôs vários titulares em campo, porém contando com uma linha defensiva reserva. O United foi a campo com De Gea, Darmian, Blind, Rojo e Shaw. Schneiderlin, Herrera, Pogba, Rooney e Martial. Rashford. O módulo era o 4-2-3-1.
O time foi surpreendido pelo gol adversário com menos de 1 min. Com 28 min, seu meio-campo se desestruturou, após Paul Pogba deixar o gramado devido a lesão proporcionada pelo volante adversário Souza. Mou dispôs Zlatan Ibrahimović colocando o time mais a frente, porém sem boa articulação no meio-campo.
Na segunda etapa Schneiderlin foi substituído por Juan Mata e o time gerou oportunidades, entretanto sem efetividade. Os red devils criaram 10 ocasiões de gol, 4 a mais que o adversário. Das 10 apenas a finalização a longa distância de Wayne Rooney aos 89 min, superou o goleiro Volkan. Sem Pogba o time perdeu capacidade de contenção de posse de bola (48% no tempo total).
O clima em Old Trafford posterior ao confronto é ruim. Entretanto, o técnico José Mourinho não pode ser responsabilizado por lesões físicas que acometeram todas as peças titulares do seu sistema defensivo (Valencia/Bailly/Smalling), em pouco mais de uma semana. A estes o meia Paul Pogba se juntou.
A defesa reserva já utilizada contra um modesto Burnley (pela Premier League) abdicando de atacar, não sofreu gols. Não foi o caso diante do Fenerbahçe. A linha de quatro defensores está sendo formada por dois laterais-esquerdos (Rojo/Shaw) e um defensor habituado ao lado esquerdo (Blind), improvisado na zaga central.
O United volta a campo no domingo as 13 hr (horário de Brasília), visitando o Swansea City pela Premier League.
Uma errata: afirmamos erroneamente que Fenerbahçe x Manchester United pela Europa League, não seria transmitido ao vivo no Brasil. O confronto foi exibido pelo Foxsports.
Imagem de Rooney (ao centro) em meio a marcação turca: Chris McGrath/Getty