“Help me fall from grace
need you to be Incomplete
I am the impostor at your feet
is it your first time
or have you been tempted before
downward into the pulsing life
laying below”
(Moonspell)
Angel Di Maria, 26 anos, meia-atacante argentino revelado pelo Rosário Central, e que acabou de ser vice-campeão Mundial com sua seleção. Surgiu para o futebol no fim dos anos 2000, atraindo alguns holofotes para si, ao integrar a seleção Argentina medalha de ouro nos jogos Olímpicos de 2008. No entanto, o mundo só tinha olhos para um argentino na época, Lionel Messi.
Di Maria foi contratado pelo lusitano Benfica pouco antes da olimpíada vencida, e parecia que seria apenas mais outro “enganche” argentino, como tantos outros. Ele chegaria ao Real Madrid em 2010. Evoluiria e essa evolução foi conduzida por José Mourinho que outrora lançara na Premier League atletas similares, como Arjen Robben e Joe Cole (nos tempos de Chelsea). Antes de mais nada, Di Maria aprendeu a não ser um “cai cai”, a não jogar o “cai caiball”.
Mostraria regularidade e foi um discreto protagonista sem se deixar ofuscar por Cristiano Ronaldo e por Gareth Bale. Muitos críticos aludem aos galácticos do Real Madrid enquanto “anjos” e sem Angel, o time muito provavelmente não teria obtido a décima Champions League, há pouco mais de três meses. Vale lembrar que na reta final da CL, Cristiano Ronaldo não estava em 100% das condições físicas.
Diabolical, now.
E Angel Di Maria, ironicamente foi anunciado pelos diabos vermelhos inglêses do Manchester United, na última terça-feira. Ao fim da última CL o atacante se valorizou e após interesse do Paris Saint-German, a imprensa futebolística propagou uma “novela” especulando para que clube o atacante iria. Di Maria é o grande reforço dos red devils para a primeira temporada sob comando do técnico Louis Van Gaal.
Di Maria é o jogador a altura de Cristiano Ronaldo que o clube de Old Trafford procurava para substituí-lo desde 2009. Dada a convivência com Mourinho, o argentino estará apto a atuar na Premier League, muito mais dura do que a liga espanhola, em termos físicos e táticos. Se Juan Mata tem sido comparado ao Sneijder da Holanda de Van Gaal, Di Maria pode cumprir a função de Robben, no United do técnico holandês.
Mas lá em Chamartín, Di Maria era apenas uma mercadoria valorizada, conforme o próprio expressou via rede social oficial, pouco depois do anuncio oficial dos red devils. O atacante argentino chegara a Madrid durante a gestão de Mourinho. Quem manda hoje é Carlo Ancelotti. Entre um Bale de 100 milhões de Euros e um James de 80 milhões de Euros, Di Maria valia 60 milhões de Libras e saiu.
O argentino em termos comerciais, com certeza também vale menos do que CR7, na ótica dos gestores blancos. Com plena e certa carta branca em mãos, devido a conquista de “la décima”, Ancelotti quer um “fantasista”, um “trequartista” que atue centralizado em seu 4-3-1-2. Este será James Rodriguez.
O Real Madrid, voltou a ser o Real Madrid. Enquanto clubes brasileiros choram migalhas por atletas decadentes, os blancos enfiam Di Maria a força num avião com destino a Manchester. Porém, dos 80 mi gastos por James, pouco mais de 70 mi já estão repostos. Assim como os quase 100 mi de Bale foram repostos com uma súbita proposta de 50 mi por Özil, ao fim da janela de transferências do meio do ano passado.
Em termos administrativos, o mefistofélico Florentino Pérez não anda tão insano assim.
