Durante as festas de fim de ano, aqueles que observam os eventos esportivos fogem do tédio e/ou ressaca ou acompanhando as ligas norte-americanas de basquete e futebol americano, ou a Premier League. A NBA teve partidas no último dia 31/12 e a NFL se encontra em pleno vapor, adentrando os playoffs. Para quem assiste futebol, só há a Premier League, muito bem oportuna com seus jogos distribuídos em rodadas de boxing day (pós-natal) e em pleno dia de ano novo.
A atual temporada da Premier League viu o Arsenal virar o turno em primeiro lugar na tabela, sendo que gunners, Manchester City e Chelsea se encontram respectivamente em primeiro, segundo e terceiro postos. Pelas últimas três temporadas observou-se algo previsível no torneio, onde Manchester United, Manchester City e Tottenham Hotspur brigavam pelos primeiros postos.
Neste momento até um re-estruturado e tradicionalíssimo Liverpool, está brigando por vagas em competições europeias. O Unted compreensivelmente passaria por um estágio de re-equilíbrio após aposentadoria de Sir Alex Ferguson.
Se Arsene Wenger (Arsenal) voltou a ter êxito, isso só mostra o quão diferenciado era Sir Alex. O Tottenham por sua vez, tem tido muita dificuldade em se re-estabelecer após a venda de Gareth Bale. Um turno sem o galês já custou uma demissão de André Villas Boas, às vésperas de natal. Para os spurs, Bale valia 100 milhões de Euros sim…
Com o dinheiro a seu favor, o City segue no topo da tabela, porém muito diferente da “gestão Roberto Mancini”, onde Manuel Pellegrini impôs um estilo vistoso e contemporâneo de jogo. Os citzens se designam em campo num 4-2-3-1, com várias opções que permitem variações e que podem se revezar no ataque; tais quais Dzeko/Agüero/Navas/David Silva/Nasri/Negredo.
Não tenho as estatísticas mas é possível vislumbrar um número abissal de gols anotados pelos citzens neste primeiro turno, dado o número de goleadas impostas pela equipe até agora. O City pode (veja bem, pode), eliminar o Barcelona nas oitavas de final da Champions League. Não será campeão europeu, mas atrapalhará a vida de quem surgir em sua frente.
O special one, José Mourinho mantém o Chelsea na briga pelo título inglês, sendo que o desempenho dos blues no mata-mata da Champions League também é prioridade. Devido ao poder aquisitivo, os blues ostentam Torres e Eto’o passiveis de se revezarem em uma vaga no ataque.
O quarteto Mata/Hazard/Willian/Oscar passiveis de disputarem 3 vagas na linha de 3 meias ofensivos do 4-2-3-1; com Hazard momentaneamente em disposição técnica/física superior. E David Luiz como “sombra” de John Terry no sistema defensivo. São detalhes referentes a peças de manutenção do elenco, que podem fazer a diferença numa reta final de Champions League. Em detrimento da regularidade do líder Arsenal, o Chelsea tem peças diferenciadas, dotadas de eficacia comprovada em jogos decisivos; peças estas que os gunners não possuem.
Este que vos escreve acompanhou Arsenal 0x0 Chelsea e Chelsea 2×1 Liverpool neste período de festas. Os clássicos da Premier League ainda mantém um ritmo intenso e um nível de espetáculo acima do esperado.