Rússia 2018

Acompanhei a “escolha” da sede de 2018 na sua maior parte por meio dos correspondentes britânicos. Acredito que o país, por todas as razões, era a melhor escolhas – pelos estádios, pela paixão do povo, pela história, etc. Mas deu Rússia. Visivelmente é uma escolha determinada pelos mesmos motivos podres e sórdidos que escolheram África do Sul e Brasil e que tem a marca registrada da gestão Blatter na Fifa, uma enlameada por uma trilha inequívoca de corrupção, negociatas e favores escusos.

Nenhum país queria tanto a Copa quanto a Inglaterra e nenhuma imprensa se esforçou mais em mostrar o quanto a Fifa é corrupta. Hoje, grande parte da Inglaterra, capitaneada pelos interesses ingleses deixados de fora da mamata da Copa, estão com raiva da sua imprensa, mas eu acho que ela fez um favor ao país. A Inglaterra foi salva de ter de gastar bilhões com um evento mediático que está rifado em favor de uma candidatura que é liderada pelo próprio Senador Palpatine, segundo aponta o Wikileaks. Infelizmente não tivemos a mesma sorte.
Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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