Puel, o Sergio Baresi do Lyon

Depois de ter ficado mal acostumado a vencer — foram sete títulos franceses em sete anos, o Lyon “amarga” um jejum de dois anos. Muita gente se admira como o técnico Claude Puel ainda não foi demitido depois de dois anos de “fracassos”. Um projeto maior segue por treas do clube que em 20 anos, foi da lanterna da segunda divisão à ribalta europeia. A missão dada a Puel foi clara: fazer a transição dos jogadores da base para o time principal. Isso, ele tem feito. Nesta temporada, subiram três: o lateral Pied, o goleiro Gorgelin e o atacante Novillo. Na temporada passada, foram sete e em 2009, nove. O problema é que a torcida não quer saber e pede a cabeça de Puel, enquanto o presidente, Jean Michel Aulas ― que a torcida respeita por ter tirado o Lyon do buraco ― sabe que Puel está se sacrificando em prol do cofre do clube. A divisão de base é que garante o cofre.

Dois Toques

– Uma briga com Puel foi uma das razões para a saída do atacante Fred, atualmente no Fluminense, do Lyon. Fabio Santos, que depois passou pelo Grêmio, também deixou o clube brigado com o treinador.

– Na semana passada, Puel deu uma entrevista dizendo que sabia que se não vencesse o Benfica na LC, seria demitido. Venceu. Ele vem de 4 vitórias seguidas com o time do zagueiro Cris.

PS: Esta nota foi publicada no Diário Lance! em 23/10.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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