Apresentação da temporada- Juventus

É o time do qual mais se espera – nem tanto pelos reforços, mas pela necessidade de se recobrar a honra. A Juventus entrará numa temporada que pode ser a mais importante de sua história. O clube que antes era o Olimpo para qualquer jogador, foi recusado por vários reforços – Borriello, Di Natale, Molinaro, Criscito, Kuyt e Kaladze se recusaram a viajar a Turim. Com ou sem títulos, a Juve precisa, antes de mais nada, recuperar a moral.

Tem como? Tem, mas se mantiver os pés no chão. A partida da temporada passada, que começou até bem, com Diego e Felipe Melo decantados, acabou em tragédia por conta da supervalorização que alguns atletas se deram. Posteriormente, isso virou arrogância e indisciplina. Por isso é que Luigi Delneri, o novo técnico, tem carta branca para derreter quem quiser. Diz-se que sua contratação foi decidida justamente pela postura dura que ele teve com o indisciplinado Cassano em Genova. E é isso que se espera dele.

Além disso, também se espera um jogo muito a italiana, com dois medianos ditando um ritmo cauteloso esperando por inserções dos externos. Aquilani e Marchisio seriam, a meu ver, ideais para um meio-campo técnico e que cobrisse grandes espaços, mas tudo indica que, sem lesões, Delneri prefira Aquilani ao lado de Momo Sissoko. Ok, mas não tem o mesmo potencial.

Com Quagliarella e Amauri, a Juve tem um ataque extremamente balanceado com um homem para prender a marcação e outro para arrematar chegando de posições externas. O grande problema da Juve vem aí: Borriello deveria ter chegado do Milan, mas não chegou e assim, com uma lesão de Amauri, falta outro centroavante, pelo menos até outrubro, período no qual Del Piero será chamado para salvar a pátria mais uma vez.

Com o time titular (com os contundidos Buffon, Martinez, Amauri e Sissoko), esta Juve pode ser extremamente competitiva. Não o suficiente para lutar pelo título, mas para fazer bela figura. O problema é saber quanto tempo do ano todo o elenco estará disponível. Uma reformulação no DM da Juve também não seria má.

Juventus (4-4-2): Buffon; Motta, Bonucci, Chiellini, Martinez; Krasic, Sissoko (Marchisio), Aquilani, Pepe; Quagliarella, Amauri.

Treinador: L. Delneri.
Ponto Forte: camisa.
Ponto Fraco: falta de entrosamento e cobrança excessiva.
Promessa: Bonucci (zagueiro)
Destaque: F. Quagliarella (atacante)

Prognóstico: lutar por vaga na LC

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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