Campeã europeia e nacional. Vencedora de tudo. O que se deveria fazer então, para a nova temporada? As cobranças de que a Internazionale não fez nada no mercado são injustas. Não havia necessidade de nenhuma reformulação. O grande problema foi perder José Mourinho.
Como bem observou o comentarista italiano Gianfranco De Laurentiis, Mourinho tem um estilo tão personalista que não deixa nenhuma herança – especialmente não tática. A Inter buscou Rafa Benitez, um técnico decididamente bom, mas a aceitação dele por parte do elenco é que vai definir se o time voltará a protagonizar ou se sofrerá uma crise de transição.
A Inter manteve seu time praticamente todo, especialmente Maicon, um lateral sem par para o estilo. Se deixou ir Balotelli embora, tratava-se de um jogador com muito mais potencial do que qualidade e no quesito potencial, Philippe Coutinho e Biabany são bastante interessantes. Dentro do grupo que a Inter já tem, ainda vejo Santon e Mariga com condições de virarem titulares.
O time de Benitez é ainda idêntico ao de Mourinho, mas deve ganhar um toque mais cadenciado e menos obsessivo na defesa. Sem um lateral com na esquerda com o mesmo aporte de Maicon (única reprovação possível de se fazer a um time que venceu tudo), o time não deve abrir mão de três atacantes a menos que contrate um jogador que rompa o equilíbrio, como um grande externo de meio-campo ou um regista a la Pirlo . Ou seja: que contratação não ensandecida (ou seja, Gerrards, Cristianos Ronaldos, Rooneys e afins não levados em consideração) era possível fazer?
Inter (4-2-3-1): Julio Cesar; Maicon, Lucio, Samuel, Zanetti (Chivu); Cambiasso, Stankovic (Thiago Motta); Eto’o, Sneijder, Coutinho (Pandev); Milito.
Treinador: R. Benitez.
Ponto Forte: defesa e entrosamento.
Ponto Fraco: não tem.
Promessa: P. Coutinho (meio-campista)
Destaque: W. Sneijder (meio-campista)
Prognóstico: lutar por tudo que disputar.
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