É verdade: nenhum jogador importante deixou a Fiorentina na janela de transferências. Mesmo assim, o time que agora é comandado por Mihajlovic foi consideravelmente enfraquecido. Perdeu um técnico experiente (Prandelli), um atacante que era importante (Mutu, às voltas com uma condenação do TAS e fez um mercado modesto, onde o único aporte considerável é o regista D’Agostino. Além disso – e pior de tudo – perdeu o cabeludo Stevan Jovetic, maior promessa em atividade no futebol italiano, cuja lesão grave ainda pode deixar marcas.
Sem Jo-Jo, Mihajlovic adiantou D’Agostino, que seria o primeiro homem de meio-campo. Na Itália, o papel de armação é normalmente dividido entre dois jogadores – o regista, armador à frente da defesa (não confundir com cabeça de área, por favor) e otrequartista, homem que joga no último quarto do campo entre meio-campo e defesa, na posição que Hidekguti mitificou na Hungria de Puskas. A vantagem de adiantar D’Agostino foi a entrada de mais um mediano de interdição. A marcação começa antes, já na saída de bola do zagueiro. Contudo, sem Jovetic, a Fiorentina muda de ambição e se sonhava com título e lutava pela LC, agora, sonha com a LC e luta pela Europa League.
Cerci e Marchionni devem dar grande largura à manobra, mas Gilardino não é bom o suficiente para carregar o time. Sem Jovetic e com dois reservas não-testados (Papa Waigo e Babacar), o deslocamento de Cerci para o meio e a entrada de Ljajic devem passar a ser considerados durante a temporada. Na defesa, Frey é um fora-de-série desprezado, mas ninguém na linha defensiva garante uma segurança maior. As investidas em Miranda ou outro zagueiro, em janeiro, devem voltar a acontecer.
Fiorentina (4-2-3-1): Frey; De Silvestri, Gamberini, Felipe, Pasqual; Montolivo, Zanetti (Donadel); Marchionni (Ljajic) D‘Agostino, Cerci (Vargas); Gilardino.
Treinador: S. Mihajlovic.
Ponto Forte: Jovetic.
Ponto Fraco: ausência de um goleador de classe.
Promessa: A. Ljajic (meia-atacante)
Destaque: S. Jovetic (atacante)
Prognóstico: vaga na Europa League
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