Hoje começa a semifinal da LC mais cara de todos os tempos. Três dos quatro semifinalistas estão entre os cinco que mais gastaram em contratações na temporada e o outro – o Bayern de Munique – é o sexto no “Top Spending”. Isso prova uma coisa: o futebol hoje é igual, ou quase, ao talão de cheques do clube.
O “quase” na frase acima fica por conta do revigorante poder da burrice. Clubes como Manchester City e Real Madrid são os patos do mercado e graças a eles, muita gente mama. Por exemplo, o Real “deu” jogadores que estão em dois dos semifinalistas – Bayern e Inter – e só não deu para o Barcelona porque é um arquirrival.
A liga européia que mais teve superávit entre vendas e compras é a…inglesa. Sim, mas não pense na Premier League. Trata-se da Champiopnship, a segunda divisão, seguida por Portugal, Holanda e Ucrânia. O Brasileiro é o campeonato que mais faturou – quase R$270 milhões de lucro, o que faz imaginar o descalabro que sejam as contas dos clubes.
Há alguma novidade? Não. O futebol está monetarizado ao extremo e exige intervenção da Uefa para que não exploda. O ritmo atual das coisas levará grandes clubes ao miserê. Alguns estão pondo o pé no freio por cautela. Basta ver as compras de Milan, Roma, Porto, Ajax e etc. Outros, já por força do endividamento – Valencia, Deportivo, Manchester United. Aberrações como Real e City virarão coisa do passado e o que é melhor, sem troféus. O que será mantida é a burrice, como a dos madrilenos, que pretendem fazer propostas obscenas por Rooney e Villa, não obstante a necessidade desesperadora de defensores e interditores no Bernabéu. O Barça e o endividado United agradecem. Mais uma vez.