Tamanho

O tamanho de alguma coisa é determinado pelos seus componentes. Assim como uma sociedade tem o governo que merece, um clube tem o destino que merece. O Palmeiras, como instituição, vive uma crise que reflete os valores do clube ao longo de sua história. A cornetagem de conselheiros é, até onde me lembro, uma marca do Parque Antártica. Isso continua assim. Vários grupos querem derrubar Belluzzo e seu diretor de futebol, Cipullo. Candidatos não faltam. A Mancha Alviverde já tem o “seu” candidato, assim como a oposição. Com o clube, ninguém se preocupa. Como sempre.

Marcos deve mesmo se aposentar. Já tem nome e história. Não precisa aguentar uma parcela de neuróticos desocupados da torcida e/ou diretoria ficarem xingando-o. Ele também não é mais o mesmo goleiro de antes – assim como Rogério Ceni também não. A diferença é que Ceni trabalha num clube que rema mais ou menos para o mesmo lado (desde que criaturas antárticas do conselho, eminências pardas covardes que criavam instabilidade mas jamais assumiam a bronca). O Palmeiras não é do tamanho que pode ser. O Palmeiras é do tamanho que os envolvidos em sua política merecem. Entre os dois tamanhos está a diferença do Palmeiras atual para o Palmeiras da Parmalat.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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