O giglio tenta conter os godos

Uma luta desigual se avizinha. O Bayern desse momento é muito superior à Fiorentina. O time alemão recuperou o valor individual de seus talentos e Louis van Gaal  – que digam o que quiserem é um cara que conhece futebol – deu um padrão tático a um time até com uma certa rapidez. Hoje, numa gelada Florença (que quando faz frio tem uma temperatura extremamente incômoda, mas nada que um alemão reclame, claro), a Fiorentina recebe um time mais forte e num melhor momento. O que fazer?

Prandelli tem uma defesa razoável, melhos nas laterais do que no meio. Felipe e De Silvestri têm uma missão dura: parar Robben e Ribèry, que em forma, fazem frente aos melhores da Europa. A sorte fiorentina é que os dois estão meio baleados. Parte da fragilidade do time toscano, ao meu ver, vem de uma dupla de medianos frágil para a vocação ofensiva do time – Montolivo e Zanetti. Zanetti é um interditor nato e muito experiente, mas Montolivo é talhado para atuar mais à frente onde o brilhante Jovetic (aliás, um dos que esqueci na minha seleção – compraria fácil) ocupa espaço. Na frente, Gilardino, um artilheiro de muitos gols quando a parada está ganha e poucos nos momentos de pressão. Torço muito pela Fiorentina, uma das equipes mais simpáticas da Europa, mas uma proeza hoje no Artemio Franchi só vem com uma atuação de gala de Jovetic e Montolivo.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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