Aston Villa, o anti-Chelsea

Com um orçamento infinitesimalmente menor do que o do Chelsea, o Aston Villa é a prova viva de que um clube de se futebol não se faz só com dinheiro, mesmo que muito. Enquanto Abramovich encheu o bolso de muito jogador meia-boca na sanha de comprar o sucesso como se fosse um deus, o Villa fez o que pôde e quem é do ramo: contratou um cara que entende de futebol (Martin O’Neill), deu a ele plenos poderes e esperou.

Em menos de três anos, o Villa está a caminho de uma vaga na Liga dos Campeões. Dono do estádio mais tradicional da Premier League, uma torcida fanática que o lota frequentemente (42.640 lugares) e um dono que não é nenhum assalariado (o americano Randy Lerner, que tem cerca de US$ 1.5 bilhões), o Villa tem tudo para, em médio prazo, passar para o time dos “grandes”clubes ingleses e de uma maneira na qual não se dependa de um milionário maluco torrando dinheiro freneticamente para comprar títulos.
A lição aqui (digo, em Londres) é: clubes ricos têm mais recursos mas sucesso, no futebol depende de muitas outras coisas.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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