Pentacampeão da Champions League e atual vencedor do torneio, o espanhol de origem catalã Barcelona, inicia a defesa do título nesta quarta-feira em Roma (Itália). O clube blaugrena visita a Roma na capital italiana em partida válida pelo grupo E, da fase de grupos da edição 2015/2016 da CL.
Porém não é Messi, nem Luisito Suárez, nem Iniesta e nem Neymar quem chama as atenções. O treinador Luís Enrique atiçou boa parte da repercussão criada pela imprensa, nesta passagem do clube culé pela “cidade eterna”. A imprensa inicialmente viu Enrique num retorno triunfal à capital italiana, agora como campeão da última tríplice corôa. O treinador asturiano comandou a Roma na temporada 2011/2012, numa passagem ruim em que acabou demitido.
Luís Enrique treinava o Barcelona B, ainda durante o período de Pep Guardiola na Catalunha. Enrique estava sendo preparado sim, como o sucessor do vitorioso treinador, atualmente à frente do FC Bayern.
Ao invés de seguir no Barça B, Enrique aceitou uma proposta da Roma, que por sua vez tentava se re-estruturar, ao passo que foi adquirida por proprietários norte-americanos. Foi sua primeira experiencia como comandante de uma equipe principal.
Sob o sol de Trigoria.
O periódico espanhol El País ressaltou palavras do lider romanista Danielle De Rossi, que foi gentil com Luís Enrique. O veterano meia giallorossi afirmou em coletiva, que se espelha em Javier Mascherano, sendo que o argentino e zagueiro culé, originalmente também é meio-campista. De Rossi expressou que talvez o clube tenha se equivocado ao não manter Enrique e culpou a imprensa italiana, pela má passagem do técnico culé por Roma.
Apesar da diplomacia e fair play verbal de De Rossi, que elogiou Enrique e à sua comissão técnica que também atuou em Roma, o El País resgatou supostas rusgas do passado. O próprio De Rossi teria solicitado à direção romanista a demissão de Enrique, ao passo que o treinador não tinha as confianças dos atacantes Pablo Oswaldo, nem de Marco Borriello.
Enrique teria tido problemas com o interminável Francesco Totti (hoje prestes a completar 39 anos), e que já se via na condição de ex-jogador em atividade, naquela época. Noutras palavras, os vestiários romanistas liderados por De Rossi e Totti em decrepitude, tem sido problemáticos há muitas temporadas.
Por outro lado, o Luís Enrique de ontem não parece ser muito diferente do treinador atual, dotado de colhões para colocar Messi ou Neymar no banco de reservas, se necessário. À imprensa em coletiva nesta última terça-feira, Luís Enrique minimizou qualquer sentimento de revanchismo e afirmou que suas recordações de Roma, são todas positivas. Disse que sentir-se em meio a numa volta triunfal, “não é seu estilo”.
Os colhões foram suficientes para Luís Enrique não ficar esperando Pep Guardiola sair do Barcelona, para poder exercer a função de treinador. É o que o faz diferente daqueles que os dirigentes catalães colocaram no lugar de Pep, entre 2012 e 2014.
Sem Enrique, o Barcelona não tinha “plano B” quando Guardiola decidiu encerrar sua trajetória no Camp Nou. Futebolisticamente Guardiola e Enrique são diferentes, mas no instinto vencedor são similares.
Roma x Barcelona se enfrentam nesta quarta-feira às 15:45 hr (horário de Brasília). No Brasil a Band exibe a partida na tv aberta.
Imagem de Luís Enrique: Alberto Pizzioli – AFP