Se você é torcedor do Santos, já sabe o quanto um empresário ávido por dinheiro pode criar dores de cabeça para manter um jogador no clube. O problema é o mesmo em quase todo lugar. Javier Mascherano forçou sua saída do Liverpool, Balotelli e Ibrahimovic (que têm o mesmo agente) de Inter e Barcelona e assim por diante, sempre gerando críticas dos treinadores atingidos. Mas algumas atitudes “distribuem” a culpa. Por exemplo: o uruguaio Luis Suarez, do Ajax, já deu diversas declarações dizendo que só sai de Amsterdam por Barcelona ou Manchester United. Coincidentemente – ou não – seu agente é irmão de Pep Guardiola, treinador do clube catalão, o que é um conflito de interesses gritante. Não faltam outros exemplos: o filho de Marcello Lippi (ex-técnico da Juve e da “Azzurra”) e de Alex Ferguson (técnico do Man Utd), também trabalham no meio. Fifa e Uefa fecham o olho para a ação desregrada dos empresários enquanto todo o sistema fica cada vez instável, com salários maiores e clubes mais endividados.
Dois Toques
-Nem mesmo aplicar a lei que já existe a Fifa faz. Tecnicamente, é proibido que entidades ou indivíduos que não sejam clubes sejam “donos” de jogadores – regra absolutamente ignorada na América do Sul.
-Quem entende do assunto argumenta que a primeira medida para diminuir a bagunça seria acabar com a porcentagem do negócio paga antecipadamente ao jogador e empresários – as “luvas”.
PS: esta nota foi publicada no diário Lance! em 07/09
