Uma boa Inter…mas ainda falta?

A vitória da Lazio na Supercopa Italiana, diante da toda poderosa Internazionale colocou uma pausa no frenesi interista em sua ambição pelo tetracampeonato. Um resultado ruim contra o Villarreal já tinha feito a mesma coisa com a Juventus na semana passada. E provavelmente, a Roma, depois de vencer o Ghent por 7 a 0, vai cair na real com o primeiro revés com um Catania, por exemplo.

Mas ainda falando sobre a Inter. Ela ainda precisa de mais para vencer?

Depende do que a Inter quer vencer. No ano passado, a Inter ganhou a Série A com um pé nas costas, mas jamais jogou um futebol convincente. José Mourinho é um grande técnico – realmente grande. Fez uma defesa sólida e deixou Ibrahimovic dar o empuxo suficiente para ganhar de um Milan sofrível e de uma Juventus inconstante. E entendamos que o empuxo de Ibra era “suficiente”, não mais que isso. Uma prova é que em seus últimos cinco anos, jogando por Juventus e Inter, o sueco nunca conseguiu ser o homem a mais que Kaká ou Messi foram na LC.

Nesta temporada, a Inter quer a Liga dos Campeões. Mesmo sem estar entre as favoritas, tem time para isso, só que precisará de algo além da defesa de Mourinho, que é ótima para ganhar campeonatos, mas não vence copas. Com Eto’o comandando o ataque da esquerda, Milito prendendo a marcação na área e com as inserções dos meio-campistas vários (Cambiasso, Stankovic, Thiago Motta), a Inter pode sonhar.

O grande problema é que falta à Inter o supercraque que decida torneios sozinho. A Inter não tem um Rooney, um Kaká, um Messi, capazes de operar milagres. Não é à toa que mesmo com o belo elenco que tem, o clube ainda procura um armador que jogue na posição de Kaká. Sneijder é o alvo, já que Deco não será liberado pelo Chelsea.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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