Na última terça-feira (12 de fevereiro) o PSG foi ao Old Trafford (Manchester/Inglaterra) enfrentar o Manchester United, em partida de ida válida pelas oitavas de final da Champions League 18/19.
A equipe parisiense surpreendeu, superou problemas decorrentes de desfalques e impôs 2×0 sobre os red devils. O resultado obriga o United a vencer o PSG em Paris na partida de volta, por uma diferença mínima de dois gols.
Manchester United
Ostentando invencibilidade de oito partidas seguidas até o início do confronto, o United foi a campo com De Gea, Ashley Young, Bailly, Lindelöf e Luke Shaw. Matić, Ander Herrera e Pogba. Lingard, Rashford e Martial. O técnico Ole Solskjaer optou por jogadores jovens e velozes na defesa (Bailly/Lindelöf) e ataque (o trio Lingard/Rashford/Martial).
No aspecto físico Solskjaer tomou decisão acertada. O miolo de zaga teria que acompanhar pelo menos um atacante veloz (M’bappé), valendo ressaltar que Eric Bailly não vem sendo muito utilizado nesta temporada (15 aparições). À frente os atacantes mais jovens eram necessários para manter a pressão alta sobre a linha defensiva adversária.
O desenho tático do United possibilitava variações em 3-4-3 (com Ashley ou Luke se desprendendo da linha defensiva), 4-3-3 e 4-2-3-1. Os atacantes abriam espaços e Pogba vinha de trás. O meia francês criou pelo menos duas ocasiões reais de gol, durante a primeira etapa. O detalhe que ocasionou o desandar da proposta de Solskjaer, foram as lesões de Lingard e Martial, substituídos por Alexis Sánchez e Juan Mata.
Alexis (30 anos) entrou ainda nos acréscimos da primeira etapa e Mata (30 anos) no início da segunda etapa. A marcação alta exercida por três atacantes jovens (o mais velho dos três titulares era Lingard, 26 anos) deixou de surtir efeito. Ainda assim, o United sofreu os gols em detalhes.
PSG
Com problemas de escalação às vésperas do confronto, o técnico Thomas Tuchel alinhou inicialmente o PSG com Buffon, Kehrer, Thiago Silva, Kimpembe e Bernat. Marquinhos, Verratti, Daniel Alves e Draxler. Di María e M’bappé. Tuchel não tinha disponíveis Meunier e Cavani, além de Neymar.
A equipe se comportou de forma “britânica”, ora num desenho tático próximo ao 4-4-2 convencional, ora num 4-4-1-1. Di María, Draxler ou mesmo Daniel Alves podiam exercer função de segundo atacante, com M’bappé deslocado do flanco direito para referência na área no lugar de Cavani.
No primeiro tempo o PSG conseguiu controlar as ações do United que por sua vez, não tinha problemas em neutralizar ações do adversário francês. No campo de defesa Kimpembe e Verratti demonstraram insegurança em diversos momentos, quando eram obrigados a saírem jogando. A pressão exercida pelo trio Lingard/Rashford/Martial surtia efeito. No campo de ataque M’bappé se via anulado pela dupla Bailly/Lindelöf, que ainda tinha Matić oferecendo cobertura.

Os gols surgiram na segunda etapa. Kimpembe abriu o placar no minuto 52, após jogada de escanteio. O defensor surgiu na área red devil como elemento surpresa, valendo-se ainda de um Matić estático. Sete minutos depois, Di María avançou pelo flanco esquerdo e cruzou para M’bappé superar a zaga adversária na velocidade, finalizar e fazer 2×0. Ainda houve um bônus obtido pelo PSG, com a expulsão de Pogba por segundo cartão amarelo.
O PSG foi superior no aspecto ofensivo. Segundo as estatísticas levantadas pelo The Guardian, os parisienses finalizaram 12 vezes (7 de fato em gol) contra apenas 5 dos red devils (zero em gol). O United manteve 46% da posse de bola contra 54% do PSG no tempo total de bola rolando. Os red devils também abusaram das faltas (15 contra 6 do adversário).
Difícil destacar apenas um atleta do PSG durante o confronto. Nossa análise não englobou o brasileiro Marquinhos, que como alardeado pela imprensa, fez de fato uma partida esplendorosa. Em todo caso o time de Tuchel demonstrou algo ainda não visto nesta “era xeique Nasser”: conjunto!
A partida de volta acontecerá em 06 de março no Parc des Princes (Paris/França).
Dados: Transfermarkt, The Guardian
Imagens: Reuters