Neste último sábado 09/01, o Real Madrid bateu o Deportivo La Coruña por 5×0, em compromisso válido pela décima-nona rodada de La Liga espanhola, disputado no Santiago Bernabéu (Madrid/Espanha). O confronto marcou a estréia do antigo ídolo Zinedine Zidane, no comando técnico do clube merengue.
Embora a imprensa espanhola tenha entrado em polvorosa com a efetivação de Zizou, após o empate em 2×2 com o Valencia no fim de semana anterior, o aspecto técnico e tático seriam minimamente incógnitos dada a sua inexperiência como treinador. O que Zidane teve de diferente em relação à seu antecessor Rafa Benítez, foi a presença de todos os atletas considerados titulares.
Praticamente todo o grupo de atletas que fora fustigado por uma onda de lesões musculares na primeira metade da temporada, estava disponível para ser relacionado. Zizou se deu ao luxo de revezar Sérgio Ramos e Varane no miolo de zaga, do primeiro para o segundo tempo, além de optar por deixar James Rodríguez fora da escalação inicial.
A formação com Navas, Carvajal, Pepe, Ramos e Marcelo. Modrić, Kroos, Bale e Isco. Benzema e Cristiano Ronaldo, se desdobrava entre o 4-4-2 convencional e o 4-3-3. Sem a posse de bola, Bale podia recompor pela direita a linha de quatro meio-campistas. O time iniciou o jogo aguardando o La Coruña tomar a iniciativa, com os blancos intencionando a saída em contra-ataques.
O trio BBC voltou a funcionar, com Gareth Bale executando um hat trick e Benzema anotando os outros dois gols da contagem final. Embora não tenha anotado gols, Cristiano Ronaldo fez uma boa exibiçao. Num todo, Zidane não “inventou moda” e replicou aquilo que este elenco melhor proporcionou, com as melhores peças à disposição de Carlo Ancelotti, na temporada passada.
É o suficiente?
Por outro lado pergunta-se se o time que “joga sem volantes” o fará bem, diante de um adversário que saiba jogar com a bola nos pés, numa decisão de Champions League? Outrora evidenciado por Rafa Benítez, o volante Casemiro não saiu do banco de reservas. Luka Modrić funcionou muito bem junto ao brasileiro, e Toni Kroos ainda é um meio-campista pesado e corpulento. Com os melhores atletas à disposição, Benítez também comandaria uma goleada sobre o La Coruña.
Apesar do prognóstico ruim e do temor do “mito Zidane” ser morto numa eventual má sequência de resultados, já vimos um antigo ídolo técnico iniciante vencer uma Champions League. Foi caso de Roberto Di Matteo que comandou o Chelsea no êxito de 2012, assumindo o time inglês quatro ou cinco meses antes da final do torneio. Porém, Zidane sobreviveria a uma sequência de dois empates e uma derrota, em La Liga?
O Real Madrid se vê em terceiro lugar na tabela de La Liga, com 40 pontos.
Imagem de Zidane (ao fundo) à beira do campo contra o Deportivo: Jaime Villanueva