PSG 2×2 Barcelona (first leg)!

“Messi é o melhor jogador do mundo no momento. Ele ganhou as últimas quatro Bolas de Ouro. Eles deveriam renomear o prêmio e chamá-lo de Messi. Só não sei se ele é o melhor jogador de todos os tempos. É difícil avaliar isso. Veremos apenas quando ele encerrar a carreira.”
(ZLATAN IBRAHIMOVIĆ na véspera do confronto)*

Eis que na véspera da partida entre PSG x Barcelona, válida pelas quartas de final da Champions League, o outrora arrogante Zlatan Ibrahimović, ex-Barça e atual PSG, elogiou Lionel Messi. Foi além sugerindo que a Fifa mudasse o nome da Bola de Ouro para “prêmio Lionel Messi”.

Independente dos julgamentos morais e acusações de “mercenarismo”, o PSG tem um time capaz sim de chegar à final da CL. Bi-campeão da CL pelo Milan, Carlo Ancelotti, treinador do clube de Paris mandou ao campo do Parc Des Princes (Paris/França) a disposição Sirigu, Jallet, Alex, Thiago Silva e Maxwell. Matuidi, Beckham, Lucas e Pastore. Lavezzi e Ibrahimović.

O Barcelona tinha o retorno de seu treinador Tito Villanova, recuperado de problemas de saúde que o acometeram no fim de 2012. Tinha-se um Barça ofensivo com Valdez, D. Alves, Mascherano, Piquet e Jordi Alba. Busquets, Xavi, Iniesta. Messi, Alexi Sanchez e David Villa.

Era um jogo franco, incomum por parte de Ancelotti e prevísivel por parte do Barcelona, sendo que os catalães dispunham de um nítido 4-3-3. O PSG mostrou predominância e bom volume de jogo em quase todo o primeiro tempo. Lavezzi aberto pela direita mandou uma bola na trave aos 10 min. Pouco depois, Ibrahimović pela esquerda bateu em diagonal para fora, após receber de Lucas.

Sim, Lucas que infernizou Jordi Alba, sem tomar conhecimento do lateral blaugrena. O PSG podia se desdobrar do 4-4-2 para um 4-2-4, com Matuidi e Beckham a frente da linha defensiva. Com a posse de bola a linha de frente Pastore/Lucas/Lavezzi/Ibrahimović pode se configurar. Não é perfeito, sobretudo porque Pastore cumprindo a função de externo pela esquerda, demonstra gritante despreparo na marcação, em caso de bola perdida ou roubada pelo adversário.

Por outro lado blaugrená, basta um lance para o gênio decidir. Daniel Alves momentaneamente deslocado para o centro, lança de três dedos Messi, que pega a linha defensiva parisiense no contrapé. Messi recebe abrindo pela esquerda e bate com sua categoria habitual. PSG 0x1 Barcelona, aos 38 min do primeiro tempo.

Com Messi, sem Messi…

No segundo tempo, Messi não volta. Tinha o joelho esquerdo sangrando e segundo informações pós jogo, um problema físico na perna direita. O Barcelona se segurava e o PSG tentava manter os nervos no lugar. Com Alba fixado no campo defensivo, Lucas foi anulado. A defesa catalã ia ao desespero, sobretudo em jogadas aéreas onde a ameaça Ibrahimović era constante.

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Se o “mocinho” Messi faz um golaço, recebendo de Dani Alves dono do maior numero de passes para gol para o próprio Messi, Ibrah tentava resolver sozinho quando podia abrir para os companheiros que entravam livre. E o bad boy Ibrahimović arruma um empate, em jogada de escanteio em que Thiago Silva cabeceia na trave.

A bola volta para Ibrah, impedido, anotar. PSG 1×1 Barcelona. O Barcelona perde Mascherano por lesão (substituído por Bartra) e que já se via fora da partida de volta por terceiro cartão. Os catalães porém conseguem um pênalti aos 43 min. Sánchez avança pela esquerda e acaba derrubado pelo goleiro Sirigu. Xavi realiza a cobrança magistral, PSG 1×2 Barcelona.

Parecia o fim. Menéz se via em campo no lugar de Lavezzi e Verratti no lugar de Beckham. O PSG tentava sair no contra-ataque até com seu primeiro homem de meio campo, Blaise Matuidi o menos badalado de seu plantel. Já dentro dos quatro minutos de acréscimo, Ibrahimović dentro da área adversária, escora para trás bola lançada para ele. Matuidi vindo de trás chuta bola que desvia na defesa e engana…Victor Valdez. Era o empate, PSG 2×2 Barcelona, placar final.

Ainda não se sabe por quanto tempo Messi ficara afastado por conta da lesão. Porém, num dado momento o condicionamento físico deste melhor Barcelona de todos os tempos começará a cobrar seu preço. Da parte dos parisienses, cada milhão investido parece estar minimamente se justificando.

Nenhum jogador do PSG pareceu se omitir do jogo, nem mesmo seus atletas menos badalados. Thiago Silva comandou o sistema defensivo parisiense demonstrando muita disposição. Para a partida de volta no Camp Nou, é claro que o Barcelona tem a vantagem do empate sem gols. Nada porém ainda está garantido.

Sem Messi, o PSG se torna um pouco mais favorito para chegar às semifinais. E sem Messi os defeitos mínimos do Barcelona começam a transparecer. Valdez nunca foi um goleiro seguro. O miolo de zaga, que demonstra problemas no jogo aéreo padece do desfalque certo de Mascherano e da decrepitude de Puyol.

Enquanto isso em Munique: num jogo de prognóstico equilibradissimo, FC Bayern x Juventus se enfrentavam na Allianzarena, naquele que possivelmente seria o duelo taticamente mais enfático das quartas de final da CL. Os bávaros saíram na frente em chute não muito pretensioso de Alaba, no comecinho do primeiro tempo, que contou com falha de…Buffon.

No segundo tempo o Bayern ampliou em outra falha do respeitado goleiro italiano, em lance protagonizado por Mandzukić, que culminou no gol de Thomas Müller. Placar final, FC Bayern 2×0 Juventus.

*tradução site Trivela. Foto: disponível em www.gazetaesportiva.net .

Alexandre Kazuo
Alexandre Kazuo é blogueiro de futebol há mais de 10 anos. Ex-colaborador do Trivela (2006-2010) e ex-blogueiro do ESPN FC Brasil (Lyon). É mestre em filosofia contemporânea e também procura por cultura pop, punk/rock/metal. Twitter - @Immortal_Kazuo
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