Minha admiração por Zdenek Zemannão tem limites. O tcheco enquadrou De Rossi e Oswaldo por falta de empenho.

Segundo a imprensa italiana, Zeman desancou o time depois da derrota para a Juventus e De Rossi foi queixar-se de que os treinos eram duros demais. A resposta foi zemaniana. Teve início a sessão de treinos mais pesada da temporada, repleta de abdominais e sprints na areia e antes da Atalanta, os dois estavam separados do elenco. O futebol precisa de mais Zemans. Não importa ganhar ou perder, mas sim o modo como se ganha ou perde. De Rossi é um excelente jogador, mas acredita ser um gênio que não é. Oswaldo, nem isso. Quem me dera ter em meu time um técnico com peito de enquadrar o Capitan Futuro, jogador mais valioso do time e visto como futuro capitão do clube. Houvesse mais Zemans e menos fantoches e o futebol teria mais caráter e mais diversão em campo (e menos, fora dela, nas baladas onde os jogadores se acabam). Nesta temporada, troco qualquer desfecho da Série A por um bom campeonato da Roma. Com Zeman, De Rossi pode vir a ser o melhor mediano da Europa. Com técnico qualquer, continuará sendo rosso contra Chievos e Pescaras e giallo contra Manchesters e Barcelona.

Depois da Juventus, a Roma é o time com a melhor estrutura tática da Itália.
O problema é que o elenco é fraco e as expectativas são elevadas demais. Acho difícil, mas se Zeman consiguir um lugar na Europa League, ele terá mais uma temporada para tornar a Roma um time mais ao seu estilo. E isso seria bom para a Roma, para ele e para o futebol italiano como um todo.
Cassiano, imagine a seguinte situação no Flamengo: Andrade/Joel Santana/Waldyrh Eshpynozhah dá uma dura em Adriano/Ronaldinho/Edmundo por chegar ao treinamento atrasado e com bafo de birita. Haveria quem achasse o comandante “muito rigoroso” e que o jogador precisa de “carinho”. Fora as manchetes que só os tabloides cariocas podem nos proporcionar (a nível de Brasil, claro, vide Sun e Mirror).