Fazia tempo que não acontecia uma derrota tão dolorida em São Paulo. O Palmeiras assinou um atestado de óbito da incompetência generalizada no clube. Tem um elenco risível. Mesmo os jogadores considerados bons são supervalorizados. Não têm envergadura para defender um clube com as ambições do Palestra. Perder para um time do Goiás patético, que do rebaixamento não pode se lamentar em absolutamente nada, foi a pá de cal que o Palmeiras mão precisava num ano doído. Triste de ver – mesmo para não-palmeirenses. Tudo foi errado – posicionamento, talento, disposição, garra. Tudo.
A gestão de Belluzzo – lamento muito dizer – fracassou de verde e amarelo (a expressão aqui cabe como uma luva). É terra arrasada. Ou Situação e oposição se unem em torno de um projeto sólido (que hoje só pode ser personificado em Scolari – ainda que ele mesmo também tenha fracassado retumbantemente em seu retorno ao clube), ou 2011 tende a ser uma luta entre diretores medíocres brigando por espaço e o clube servindo como estacionamento de jogadores medíocres antes de uma transferência para um clube árabe ou japonês sem expressão.
O elenco do Palmeiras é cheio de supervalorizados e caras abaixo da média. Quanto a política, concordo com meu xará, é cenário perfeito para retorno da trupe do Mustafá.
Fico triste pelo Belluzzo. Não dá pra dizer que ele não tenha se esforçado. Cometeu erros, mas quase deu um título brasileiro pro Palmeiras. Só que o quase não significa muita coisa no futebol. Enfim, terreno fértil para a vitória do grupo nefasto do Mustafá Contursi mediante Arnaldo Tirone nas próximas eleições.