Resumo 2009/10 – Inglaterra

Uma estreia com o pé direito para Carlo Ancelotti na Inglaterra. Ele não só fez uma dobradinha inédita para o Chelsea, vencendo copa e campeonato, como também impingiu um esquema de jogo ofensivo e vistoso que sempre dão um sabor melhor às vitórias. Bela temporada do Manchester United também que, contudo, perdeu Rooney na reta final e viu o tetracampeonato evaporar. Ano para se esquecer do Liverpool que esteve abaixo da crítica, com contusões, confusões e brigas na diretoria.

O craque: Drogba (Chelsea)

O estilo do marfinense não é o do drible vistoso que grada aos brasileiros, mas Didier Drogba foi “o cara” na campanha do Chelsea. Com seus 29 gols ele manteve o Chelsea nos trilhos quando as coisas não iam bem, mas não só marcando gols: ele ainda se descobriu “garçom”, fazendo 10 passes precisos para gols. Pena que na Copa ele estivesse fora de sua melhor forma.

O melhor inglês: Rooney (Manchester United)

Outro que gastou tanto a bola na liga que foi para a Copa esvaído. Rooney tinha uma média de quase um gol por jogo quando se lesionou e passou o fim da temporada em recuperação, mas em forma, fez chover. É raçudo, técnico e forte. Descobriu sua verdadeira posição ao ser colocado mais perto do gol com a saída de Cristiano Ronaldo. Um dos grandes do futebol mundial que falhou na Copa.

A promessa: Milner (Aston Villa)

Sem dúvida o melhor meio-campista inglês em potencial, já que Gerrard e Lampard estão passando dos 30. Aposta pessoal do técnico Martin O’Neill, Milner é uma promessa desde que apareceu no Leeds (assim como outra aposta de O’Neill comprada pelo Villa, Fabian Delph). Não foi bem na Copa, mas é difícil dizer quem foi, entre os ingleses. É cobiçado pelo Manchester City, mas sente-se em débito com o treinador.

Melhor Brasileiro: Alex (Chelsea)

Em outra época, a ausência de Alex na Seleção que foi à África do Sul seria considerada mais uma bobagem de Dunga na convocação, mas o zagueiro do Chelsea deu azar de ter tanta concorrência. Na Inglaterra, ele ficou completo como zagueiro central: bom posicionamento, força e rapidez no mesmo jogador.

Destaque: FULHAM

Ter evitado o rebaixamento sem sufoco já teria sido uma boa marca para o Fulham, mas além disso, o time do sul de Londres quase consegue o título da Europa League. Com um orçamento contido, o técnico Roy Hogdson montou um belo time, a ponto de chamar a atenção do Liverpool, que o contratou para a próxima temporada.

Decepção: LIVERPOOL

Ninguém imaginava que a saída de Xabi Alonso para o Real Madrid fosse fazer tanta diferença. Sem o pilar de meio-campo, os “Reds” perderam o rumo. O brasileiro Lucas e o italiano Aquilani não conseguiram repetir o estilo e força do espanhol. “Ninguém dava a importância que ele merecia”, resmungou o capitão Gerrard. Resultado: sétimo lugar e nada de Liga dos Campeões.

Campeão: Chelsea

Copa da Inglaterra: Chelsea

Artilheiro: Didier Drogba (Chelsea, 29 gols)

PS: essa nota foi publicada no diário Lance! no dia 13/07.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
Top