Uma estreia com o pé direito para Carlo Ancelotti na Inglaterra. Ele não só fez uma dobradinha inédita para o Chelsea, vencendo copa e campeonato, como também impingiu um esquema de jogo ofensivo e vistoso que sempre dão um sabor melhor às vitórias. Bela temporada do Manchester United também que, contudo, perdeu Rooney na reta final e viu o tetracampeonato evaporar. Ano para se esquecer do Liverpool que esteve abaixo da crítica, com contusões, confusões e brigas na diretoria.
O craque: Drogba (Chelsea)
O estilo do marfinense não é o do drible vistoso que grada aos brasileiros, mas Didier Drogba foi “o cara” na campanha do Chelsea. Com seus 29 gols ele manteve o Chelsea nos trilhos quando as coisas não iam bem, mas não só marcando gols: ele ainda se descobriu “garçom”, fazendo 10 passes precisos para gols. Pena que na Copa ele estivesse fora de sua melhor forma.
O melhor inglês: Rooney (Manchester United)
Outro que gastou tanto a bola na liga que foi para a Copa esvaído. Rooney tinha uma média de quase um gol por jogo quando se lesionou e passou o fim da temporada em recuperação, mas em forma, fez chover. É raçudo, técnico e forte. Descobriu sua verdadeira posição ao ser colocado mais perto do gol com a saída de Cristiano Ronaldo. Um dos grandes do futebol mundial que falhou na Copa.
A promessa: Milner (Aston Villa)
Sem dúvida o melhor meio-campista inglês em potencial, já que Gerrard e Lampard estão passando dos 30. Aposta pessoal do técnico Martin O’Neill, Milner é uma promessa desde que apareceu no Leeds (assim como outra aposta de O’Neill comprada pelo Villa, Fabian Delph). Não foi bem na Copa, mas é difícil dizer quem foi, entre os ingleses. É cobiçado pelo Manchester City, mas sente-se em débito com o treinador.
Melhor Brasileiro: Alex (Chelsea)
Em outra época, a ausência de Alex na Seleção que foi à África do Sul seria considerada mais uma bobagem de Dunga na convocação, mas o zagueiro do Chelsea deu azar de ter tanta concorrência. Na Inglaterra, ele ficou completo como zagueiro central: bom posicionamento, força e rapidez no mesmo jogador.
Destaque: FULHAM
Ter evitado o rebaixamento sem sufoco já teria sido uma boa marca para o Fulham, mas além disso, o time do sul de Londres quase consegue o título da Europa League. Com um orçamento contido, o técnico Roy Hogdson montou um belo time, a ponto de chamar a atenção do Liverpool, que o contratou para a próxima temporada.
Decepção: LIVERPOOL
Ninguém imaginava que a saída de Xabi Alonso para o Real Madrid fosse fazer tanta diferença. Sem o pilar de meio-campo, os “Reds” perderam o rumo. O brasileiro Lucas e o italiano Aquilani não conseguiram repetir o estilo e força do espanhol. “Ninguém dava a importância que ele merecia”, resmungou o capitão Gerrard. Resultado: sétimo lugar e nada de Liga dos Campeões.
Campeão: Chelsea
Copa da Inglaterra: Chelsea
Artilheiro: Didier Drogba (Chelsea, 29 gols)
PS: essa nota foi publicada no diário Lance! no dia 13/07.
O Martin ONeill era cotado para susbtituir o Ferguson no Man Utd, mas o Ferguson é highlander. abs
Por que o Martin O’Neill não é cogitado para trabalhar em nenhum dos grandes da Premier?? O cara é ótimo!
Muito bom o trabalho do Ancellotti, provando que as más campanhas do Milan tem um nome: falta de investimento e apostas equivocadas em ex-jogadores em atividade.
Mais uma boa temporada do Aston Villa, o trabalho do O’Neill é muito bom e ele vem montando boas equipes com um orçamento bem inferior ao do Big Four e outros ricos, como Tottenham e Manchester City… se a equipe não tivesse a queda de rendimento que teve no meio do campeonato, poderia ter se classificado para a Liga dos Campeões.