Para evitar os erros do passado

Num gesto incomum quando se trata de treinadores de seleção, normalmente submersos pelos seus egos, o neotreinador da seleção italiana, Cesare Prandelli, começou seu planejamento de maneira humilde. Seu primeiro compromisso extraoficial foi procurar o seu antecessor, Marcello Lippi. Prandelli foi até Viareggio visitar Lippi em sua casa. O atual CT foi pedir conselhos ao campeão mundial, menos sobre tática e mais sobre ambiente. Prandelli está preocupado com possíveis «igrejinhas» entre os atletas e os motivos que o levaram a descartar nomes pedidos pela torcida como Cassano e Balotelli. Não só: Prandelli aprecia muito Gilardino, atacante da Fiorentina, mas na Copa, Lippi se frutrou com a falta de capacidade do atacante de assumir responsabilidades.

Dois Toques

 – Lippi não aceitou falar com ninguém depois que chegou da África do Sul. Uma equipe de humoristas que tentou entrevistá-lo foi enxotada de sua casa. «Você precisa de um banho. Você cheira mal», disse um mal-humorado Lippi antes de fechar a porta.

 – Sem desfalques, a Itália de Prandelli tem seis pontos fixos: Buffon (goleiro), Chiellini (zagueiro), Pirlo e Montolivo (meio-campistas) e os atacantes Cassano e Quagliarella. O resto deve lutar por posição.

PS: Esta nota foi publicada no Diário Lance! em 07/07

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
Top