A nova Itália – Meio-campistas

Prandelli tem uma grande quantidade de opções no meio-campo, mas dificuldades na substituição de pontos cardeais como Pirlo. A escolha do esquema também será decisiva para saber quem deve ter mais chances. Decisivas as recuperações de De Rossi e Aquilani.

Pirlo (Milan)
O técnico Cesare Maldini costumava dizer, sobre a Itália. “Se Albertini pega um resfriado, estamos todos perdidos”. Pirlo encampa a frase com muito mais veemência. É o arquiteto do Milan e da seleção e faz a Itália iniciar o jogo na zona do campo na qual a Itália historicamente precisa de um pensador. É fundamental no sucesso da nova Itália.

Palombo (Sampdoria)
Interditor e regista de qualidade, poderia fazer um bom setor com Pirlo, mas para isso, necessitaria de mais um jogador mais avançado pelo meio, o que sacrificaria o espaço dos externos. Depende do esquema de Prandelli.

Camoranesi (Juventus)
Junto com Canavvelho, Camorartrose simboliza o fracasso dessa seleção. Envelhecido, perdeu a capacidade de marcação e manteve a arrogância de 2006. Para ser esquecido. Devia ser vendido ao Banfield.

Montolivo (Fiorentina)
Fundamental na nova seleção, não deve ser confundido com um vice-Pirlo. Pode ser o terceiro homem de meio-campo junto a mais um iunterditor (provavelmente De Rossi). Atua como articulador e como elemento de pressão. Vital para a neoItália.

De Rossi (Roma) Sai alquebrado do Mundial e é um dos nós de Cesare Prandelli. Tem uma qualidade gigante, mas precisa ser convencido de que precisa jogar bem em decisões. Até hoje, conseguiu fracassar em TODOS os jogos decisivos de Roma e Itália. Recuperado disso, é o melhor do mundo na posição.

Marchisio (Juventus)
Como trequartista fracassou, mas ainda merece respeito e chance. Nesta temporada, precisa de um grande ano na Juventus ou sumirá.

Pepe (Juventus)
É o seu momento e na Juventus terá uma grande exposição, mas a bola das oitavas passou por seu pé. É um externo excelente que pode jogar de ponta, mas sai manchado pelo fracasso sulafricano-eslovaco.

Candreva (Udinese)
Não foi bem na Juventus, o que deve diminuir suas chances e não parece ter bola para ser o trequartista de um time, mas ainda assim, terá chances. Não tem mais a expectativa de outros dias.

Poli (Sampdoria)
Grande promessa, é excelente em potencial para jogar como externo e certamente está nos planos de primeira linha de Prandelli. Cabe ver se pode jogar como externo avançado no 4-2-3-1.

Galloppa (Parma)
Fez campeonatos excelentes em Siena e Parma, depois de ser desovado pela Roma. terá espaço, mas precisa de um time grande para ganhar moral e “casca” com a pressão.

Pulzetti (Livorno)
É sugerido pelaGazzetta, mas não o vejo como protagonista ainda. Tem de ter uma experiência numa equipe maior para se assegurar na órbita “azzurra”.

D’Agostino (Fiorentina)Deve ser o arquiteto da Fiorentina de Mihajlovic e tem proeminência para figurar no time titular de Prandelli por unir quantidade e qualidade. A se observar.

Lazzari (Cagliari) Uma escolha imediata no caso de 4-4-2 ou 4-2-3-1, certamente terá chances, especialmente se for para um time maior que o Cagliari. Não é um gênio, mas os externos de meio-campo italianos raramente o são, dando-se mais ao trabalho tático.

Aquilani (Liverpool-ING)
Crucial para Prandelli se se recupera no Liverpool ou se volta para a Itália. É o homem capaz de se unir a Pirlo e dar ao meio-campo a fisicidade necessária ao futebol italiano, unido com boa técnica. Precisa superar também a sequência de lesões.

Mannini (Sampdoria)
Muito promissor na Sampdoria, tem uma tendência a preferir um meio-campo a cinco, se alternando entre defesa e ataque, masno ano passado, fez bonito no 4-4-2 delneriniano. Excelente promessa precisa também jogar continuamente.

Palladino (Genoa) Está num momento nebuloso porque não fez nenhuma temporada empolgante, mas ainda é apontado como esperança. Corre por fora, mas a concorrência é grande.

Marchionni (Fiorentina)
Mais um filho de um famoso time do Empoli (com Grella, Bresciano, Di Natale e outros), está longe de ter o futebol necessário para a seleção, mas é um homem de confiança de Prandelli para o 4-2-3-1.

Abate (Milan)
Sottotono na sua primeira temporada completa no Milan, Abate precisa mostrar mais em fase defensiva, porque tem habilidade para premer o adversário e para abrir o jogo. Tem chances, mas não é favorito.

Cossu (Cagliari)
Se salvou por não estar na lista de Lippi que preferiu levar Camorartrose. Tem margens de melhora e pode se consolidar se sair do Cagliari.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.

2 Comments

  1. o Galloppa me pareceu um ótimo jogador, o mesmo para o Lazzari… e acho que o Lippi acabou queimando o Marchisio, que será importante para o futuro da Itália, mas obviamente jogando em sua posição de origem.

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