A nova Itália – Goleiros

Acabada a era Lippi, a Itália pelo menos terá uma vantagem para começar. Com a terra arrasada, não há escombros para revirar. Agora cabe estudar quais são as prováveis apostas de Cesare Prandelli e quais as chances dos jogadores na órbita da seleção italiana. Nesta primeira parte, entram os goleiros, analisados nome a nome.

Buffon (Juventus)
Sai incólume do Mundial. Se não jogou é porque estava machucado e quando não jogou o que podia, pode usar o álibi de ter uma defesa Cannavelha à sua frente. Será o titular de Prandelli, salvo tenha uma lesão crônica. Técnico, experiente, líder, com forma física ok é imbatível.

Marchetti (Cagliari)
Como observou a Gazzetta, não fez milagre nem comprometeu. No terceiro gol da Eslováquia, pode ser absolvido pelo pânico que se abateu sobre a Itália. Deve ter chances. Técnico, ainda carece de experiência e precisa melhorar para aspirar a vaga de Buffon.

Sirigu (Palermo)
Deve ser a primeira aposta de Prandelli para vice-Buffon. É jovem (23 anos), técnico e ainda não tem sobre si uma “carga” positiva ou negativa de seleções passadas. Ganha o lugar de Marchetti justamente por não ter participato no Eslováquianazo. É o mais promissor entre os jovens. Paga o preço de estar no Palermo, um clube sem tradição e com um presidente semixarope.

Amelia
Campeão Mundial em 2006, muito provavelmente terá um ano em ascendência em 2010 e deve conquistar o posto de titular. Com 28 anos, tem a idade ideal para um goleiro e conta com uma experiência que a concorrência não tem. Também tem a seu favor o fato de não estar entre os “Cannavelhos”. Seria a opção mais segura, mas as duas temporadas opacas levantam dúvidas sobre sua confiabilidade.

De Sanctis (Napoli)
Com 33 anos, dificilmente entrará na conta de Prandelli.

Cassiano Gobbet
Cassiano Gobbet é jornalista, formado pela Universidade de São Paulo e mestre em jornalismo digital pela Bournemouth University.
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