Villa chegou ao Barcelona. Custou um saco de dinheiro, mas deve de vez formar um ataque absolutamente encaixado, com Pedro e Messi. Mas não é só: também tem Fàbregas, que deve fechar com Xavi e Iniesta o melhor meio-campo do mundo. Real, City, United e quem quer mais que seja devem tentar, mas não imagino quem possa oferecer um time melhor do que esse Barcelona pode ser.
A chegada de Villa completa uma lacuna que deveria ter sido fechada por Ibrahimovic. O sueco fracassou. Nem tanto tecnicamente. Uma marca de 21 gols num ano é boa o suficiente até para o Barça. O caráter dele é que dificulta. Ibrahimovic poderia se transformar numa lenda com o talento que tem. O problema é que nunca conseguiu jogar tudo o que pode porque já se acha perfeito. Falta a ele a simplicidade e determinação que têm Messi, Kaká e que teve Ronaldinho no seu auge.
Villa, espera-se, não terá esse defeito. Em campo, deve assumir a vaga do homem de frente no trio de ataque com Pedro pela direita e Messi pela esquerda. Villa é o atacante que eu mais gosto para a posição. É rápido e forte, mas seu jogo vai bem além disso. Com o apoio dos laterais que o Barcelona oferece e a chegada dos meio-campistas, Guardiola poderá armar pressings sufocantes no adversário.
Um fator que vai ajudar aí é a chegada de Fàbregas. Perdendo o marcador puro (Busquets), o meio-campo barcelonista tenderia a ficar flácido, mas aposto no contrário pela vocação do trio. Iniesta, Xavi e Fàbregas têm, todos eles, condição de assumir o papel de marcação. Melhor: os três podem se alternar no papel, evocando a herança holandesa do totalvoetbal que Johan Cruyff levou à Catalunha. Em tese, é um meio-campo que marca e arma com a mesma capacidade nos três jogadores, uma arma letal no futebol de hoje e que Rinus Michels anteviu há quarenta anos.
A defesa catalã não precisa de retoques. Foi a menos vazada das últimas duas ligas (Valdés é o goleiro que menos trabalha na Espanha). Isso não quer dizer que ela deverá segurar a bronca sozinha. O 4-3-3 não é necessariamente um esquema desequilibrado na retaguarda, caso os jogadores de dediquem a várias funções.
De um modo geral, “supertimes” nascidos de contratações bombásticas tendem a fracassar. O “Real Flopid” de Cristiano Ronaldo e Kaká está aí para provar isso. Mas nesse caso, coloco minhas fichas. É um time azeitado, de jogadores que se conhecem e a partir de agora base da seleção espanhola (Piqué, Puyol, Xavi, Iniesta, Fàbregas e Villa, além dos reservas Valdés, Busquets e Pedro). O perfil dos jogadores funciona e eles não têm históricos problemáticos. Creio que o favorito para a temporada que vem está nascendo – de novo.
desenha-se de fato um timaço.
Se o Barça contratasse um goleiro como o Julio Cesar e um zagueiro como o Lucio já podiam entregar logo a taça de 2011 na Cataluña..
Imagino o Barça com Busquets atrás do trio Xavi, Fábregas e Iniesta com Messi e Villa à frente. Outra possibilidade é ter Villa pela esquerda e Ibra no meio.
Abraços e saudações interistas 🙂